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Foto do escritorTela Tomazeli | Editora

O que buscais?

(Jo 1,35-42) 2º Domingo do Tempo Comum Seguir Jesus: Dois discípulos orientados pelo Batista se põem a seguir a Jesus. Durante certo tempo caminham atrás dele em silêncio. Ainda não tinha havido um verdadeiro contato. De repente, Jesus se vira e lhes faz uma pergunta decisiva: “O que buscais?” O que esperais de mim? Eles responderam com outra pergunta: Rabi, “onde vives”! Qual é o segredo de tua vida? De onde vens? O que é para ti viver? Jesus lhes responde: “Vindes e o vereis”. Fazei vós mesmos a experiência. Não busqueis outra informação. Vinde conviver comigo. Descobrireis que sou e como posso transformar vossa vida. Em primeiro lugar, buscar. Quando alguém não busca nada na vida e se conforma com o “ir levando” Não é possível encontrar-se com Jesus. A melhor maneira de não entender nada sobre a fé cristã é não ter interesse por viver de maneira acertada. O importante não é buscar algo, mas buscar alguém. Não descartemos nada. Se um dia sentirmos que a pessoa de Jesus nos “toca”, é o momento de deixar-nos alcançar por Ele, sem resistência nem reservas. É preciso esquecer convicções e dúvidas, doutrinas e esquemas. Não se pede de nós que sejamos mais religiosos nem mais piedosos. Só que o sigamos. Não se trata de conhecer coisas sobre Jesus, mas de sintonizar com Ele, interiorizar suas atitudes fundamentais e experimentar que sua pessoa nos faz bem, reaviva nosso espírito e nos infunde força e esperança para viver. Quando isto acontece, a pessoa começa a se dar conta de que acreditava muito pouco nele e que havia entendido mal quase tudo. Mas o decisivo para ser cristão é tratar de viver como Ele vivia, ainda que seja de maneira pobre e simples. Crer no que Ele acreditou e dar importância ao que Ele dava, interessar-se por aquilo que Ele se interessou. Olhar a vida como Jesus a olhava, tratar as pessoas como Ele as tratava: escutar, acolher e acompanhar como Ele o fazia. Confiar em Deus como Ele confiava, orar como Ele orava, transmitir esperança como Ele transmitia. O que se sente quando se trata de viver assim? Não é isto aprender a viver? Aprender a viver: O evangelista João mostra um interesse especial em indicar a seus leitores como se iniciou o pequeno grupo de seguidores de Jesus. Tudo parece casual. O Batista se fixa em Jesus que passava por ali, e diz aos discípulos que o acompanhavam: “Este é o cordeiro de Deus”. Provavelmente, os discípulos não entenderam grande coisa, mas começam a seguir a Jesus. Jesus lhes responde diretamente: “Vinde e vede”. Fazei vós mesmos a experiência. Não busqueis informação de fora. Vinde viver comigo e haveis de descobrir como vivo, a partir de onde oriento minha vida, a quem me dedico e por vivo assim. Este é o passo decisivo que devemos dar hoje para inaugurar uma fase nova na história do cristianismo. Milhões de pessoas se dizem cristãs, mas não experimentam um verdadeiro contato com Jesus. Não sabem como Ele viveu, ignoram seu projeto. Não aprendem nada especial dele. Encontrar-se com Jesus pode ser para todos a grande alegria, pois Jesus abre um novo horizonte à nossa vida. Ensina a viver a partir de um Deus que quer para nós o melhor. Pouco a pouco Ele vai nos libertando de enganos, medos e egoísmos que estão nos bloqueando. Quem se põe a caminho seguindo Jesus começa a recuperar a alegria e sensibilidade para com os que sofrem. Começa a viver com mais verdade e generosidade, com mais sentido e esperança. Quando a pessoa se encontra com Jesus tem a sensação de que começa finalmente a viver a vida a partir de sua raiz, pois começa a viver a partir de um Deus bom, mais humano, mais amigo e salvador que todas as nossas teorias. Tudo começa a ser diferente. Façamos nossa oração: Querido Pai do céu, a exemplo dos discípulos de João perguntamos: Onde moras? Muitos de nós no hoje da história nos perdemos no caminho da vida moderna e esquecemos que tu estás conosco, especialmente na Eucaristia e nos irmãos que sofrem. Quem sabe urge novamente ouvir de Ti. “Vinde e vede”. Amém “A responsabilidade pelo conteúdo é única e exclusiva do autor que assina a presente matéria”.

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