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Gramado foi marcada por uma resposta rápida, coordenada e consciência de que os eventos climáticos vieram para ficar.

  • Foto do escritor: Tela Tomazeli | Editora
    Tela Tomazeli | Editora
  • há 10 minutos
  • 4 min de leitura

GRAMADO, RS - Câmara de Gramado promove debates sobre ações e estratégias após tragédia climática de maio de 2024.


Em uma resposta rápida e coordenada aos eventos climáticos de maio de 2024, que atingiram o Rio Grande do Sul, a Câmara de Gramado realizou painéis para debater as ações e estratégias adotadas. O evento, que contou com a participação de autoridades e especialistas, visou garantir a transparência e manter a população informada sobre as medidas tomadas, os desafios e os planos futuros. A iniciativa reafirma o papel da Câmara como uma ponte entre a comunidade e as decisões que moldam o futuro da cidade, promovendo diálogo, fiscalização e transparência em momentos decisivos.


Participaram: Cristiane Bandeira: Secretária de Meio Ambiente e porta-voz do Gabinete de Cris; Mariana Melara Reis: Procuradora do Município e porta-voz do Gabinete de Crise; Luiz Bressani: Engenheiro civil e especialista em geotécnica, também parte do Gabinete de Crise; Ilton Gomes: Secretário de Assistência Social; Willian Camillo: Secretário de Obras; Eliezer Lima: Secretário de Agricultura; Juliana Fish: Chefe do Departamento de Defesa Civil.



A iniciativa foi da Comissão Temporária de Defesa Civil da Câmara, formada pelos vereadores Roberto Cavallin (presidente), Professora Denise (vice-presidente) e Neri da Farmácia (membro).



Neri da Nescimento, Cristiane Bandeira, Mariana Melara Reis, Luiz Bressani, Professora Denise, Roberto Cavallin. Crédito: Divulgação
Neri da Nescimento, Cristiane Bandeira, Mariana Melara Reis, Luiz Bressani, Professora Denise, Roberto Cavallin. Crédito: Divulgação


Ilton Gomes, William Camilo, Eliezer Nascimento, Juliana Fisch, Professora Denise, Roberto Cavallin, Neri Nascimento. Crédito: Divulgação
Ilton Gomes, William Camilo, Eliezer Nascimento, Juliana Fisch, Professora Denise, Roberto Cavallin, Neri Nascimento. Crédito: Divulgação


Detalhes e estratégias discutidas nos painéis

A gravidade dos eventos demandou um trabalho conjunto de diversos setores da Prefeitura, liderados por um Gabinete de Crise e uma força-tarefa, que se reuniram para apresentar à comunidade as ações já tomadas e as estratégias de prevenção.



Uma sintesde da fala dos oradores:

  • Mariana Melara Reis (Procuradora do Município): A procuradora destacou que o trabalho do Gabinete de Crise foi fundamental para enfrentar uma "crise dentro da crise", referindo-se não apenas à catástrofe natural, mas também ao desafio de combater a desinformação. Ela detalhou as ações legais e administrativas, como a ativação de estudos para obras de contenção e as Requisições Administrativas de Bens em áreas de risco. Mariana ressaltou que a resposta jurídica foi tão "consistente, séria, estudada e transparente" que, mesmo diante da gravidade dos eventos, o município de Gramado não enfrentou ações judiciais significativas.


  • Cristiane Bandeira (Secretária de Meio Ambiente): Cristiane Bandeira apresentou o novo mapeamento de risco geológico, que elevou o número de áreas suscetíveis para 68 pontos. A secretária argumentou que "as mudanças climáticas estão postas" e que as soluções para os desafios da cidade não se resumem à falta de drenagem ou a demolições, mas exigem um debate técnico mais aprofundado. Ela mencionou a elaboração, em conjunto com o Serviço Geológico, de uma "carta de aptidão à expansão urbana" e fez um apelo para o apoio ao veto de pontos da lei geral de licenciamento, destacando a necessidade de "equipar a fiscalização ambiental, equipar a Defesa Civil" em vez de simplesmente flexibilizar normas.


  • Luiz Bressani (Engenheiro Civil): O engenheiro civil Luiz Bressani, especialista em geotécnica, trouxe a perspectiva de campo e a ciência por trás dos eventos. Ele revelou que Gramado já vinha monitorando os movimentos de solo desde novembro de 2023, o que descreveu como "uma coincidência maravilhosa". Essa preparação antecipada foi crucial, pois a equipe já tinha "dados na mão" e um "entendimento de que aquilo poderia acontecer" quando a tragédia de maio se intensificou. Sua participação no Gabinete de Crise foi focada na "parte de obras, de ações, no entendimento", e ele reforçou a importância do apoio que recebeu das autoridades municipais para tomar decisões difíceis.


  • Willian Camillo (Secretário de Obras): Willian Camillo detalhou a "força-tarefa gigantesca" para desobstruir vias e possibilitar o acesso aos moradores e às equipes de resgate. Ele relatou que a experiência de auxiliar o Vale do Taquari em 2023 foi um "grande aprendizado" que auxiliou a secretaria na tomada de decisões. Ele citou obras específicas como a remoção de um "degrau" na Rua Gil, a reconstrução do acesso ao Quilombo e a construção de um muro de contenção na Cidade da Prada. O trabalho visava, acima de tudo, garantir que a ajuda pudesse chegar às famílias afetadas.


  • Eliezer Lima (Secretário de Agricultura): Pela Secretaria de Agricultura, Eliezer Lima destacou o sofrimento do setor, muitas vezes invisível, como a "perda do solo do nosso agricultor". Ele descreveu o trabalho de desobstrução de estradas no interior para garantir o acesso a propriedades e famílias e a recuperação de pontes. Ele enfatizou a união e o "coleguismo" entre as equipes de diversas secretarias, que "simplesmente estavam ali para atender", mesmo em momentos de grande dificuldade.


  • Juliana Fish (Chefe do Departamento de Defesa Civil): Juliana Fish detalhou a profunda reestruturação da Defesa Civil, que "é o órgão que mais teve mudanças da calamidade do ano passado para agora". Ela relatou que a Defesa Civil, que antes tinha um foco em resposta, agora tem um foco em prevenção. O órgão mapeou mais de 600 novas áreas de risco e realizou mutirões de cadastramento de famílias nas localidades do interior. A equipe também adquiriu novos equipamentos, como um drone de alta precisão, rádios e um veículo 4x4. A criação do Conselho e do Fundo de Defesa Civil é um marco, pois a partir de agora o órgão terá orçamento próprio e poderá contratar um técnico, o que é fundamental para aprimorar a avaliação de risco das residências.



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