Kikito de Cristal: Arte milenar homenageia Rodrigo Santoro
- Tela Tomazeli | Editora
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A noite de abertura do 53º Festival de Cinema de Gramado foi marcada por uma emocionante homenagem ao ator Rodrigo Santoro, que recebeu o prestigiado Kikito de Cristal. A cerimônia aconteceu na noite de sexta-feira, 15 de agosto, no Palácio dos Festivais.
O prêmio celebra os 30 anos de carreira do ator, reconhecendo sua trajetória de sucesso tanto no cinema nacional quanto internacional. Rodrigo Santoro se emocionou com a homenagem e destacou a importância de ser reconhecido em seu próprio país, o que para ele une a carreira no exterior com o orgulho das produções brasileiras. Ele também ressaltou que o cinema é feito de trabalho em equipe e que a essência humana e suas histórias são universais, ultrapassando fronteiras geográficas.
Além de receber o Kikito, Santoro também deixou as marcas de suas mãos eternizadas na Calçada da Fama de Gramado. O evento contou com a presença de sua esposa, Mel Fronckowiak, e parte do elenco do filme "O Último Azul", longa de Gabriel Mascaro que foi exibido logo após a homenagem. O filme, estrelado por Santoro e Denise Weinberg, foi premiado no Festival de Berlim e também teve sua estreia no Brasil na mesma noite.
A emoção tomou conta do homenageado.
Fotos Oficiais: Edison Vara/Pressphoto
Foto Cinema Paradiso: Tela Tomazeli
Kikito de Cristal
O troféu Kikito de Cristal é uma peça de arte única, feita de forma totalmente artesanal na fábrica da Cristais de Gramado. O processo de criação é especial e segue uma tradição milenar inspirada nas técnicas da ilha de Murano, na Itália.
O detalhe mais interessante sobre o prêmio é que ele é o único do cinema mundial em que o homenageado participa da produção do troféu que será entregue ao seu sucessor na próxima edição do festival.
Veja como o processo funciona:
O artista homenageado em um ano específico, como Rodrigo Santoro em 2025, visita a fábrica Cristais de Gramado.
Guiado por um mestre vidreiro, ele ajuda a moldar a escultura do "Rei Sol" em cristal murano.
O processo inclui a incorporação de folha de ouro 24k, que dá o brilho e o acabamento luxuoso à peça.
Assim, o troféu que Rodrigo Santoro recebeu em 2025 foi produzido em 2024 pela homenageada anterior, Mariëtte Rissenbeek, e o que ele ajudou a criar será entregue na edição de 2026.
Coletiva de Imprensa
No mesmo dia em que o homenageado vai até a Cristais de Gramado, para confeccionar o Kikito do próximo agraciado, é realizada a Coletiva de Imprensa. Este ano será às 12h30, deste sábado (16), com Rodrigo Santoro.
Início de Carreira na Televisão Brasileira:
Ele começou sua carreira em novelas da Rede Globo no início dos anos 90, com papéis em produções como "Olho no Olho" (1993) e "Pátria Minha" (1994).
Ganhou destaque com o personagem Serginho em "Explode Coração" (1995) e o elogiado Frei Malthus na minissérie "Hilda Furacão" (1998).
Ascensão no Cinema Nacional:
A partir de 2001, Santoro consolidou-se como uma promessa no cinema brasileiro. Seus papéis em filmes como "Bicho de Sete Cabeças" (2001) e "Abril Despedaçado" (2001) renderam-lhe prêmios e reconhecimento da crítica.
Em 2003, sua atuação como Lady Di em "Carandiru" solidificou sua reputação como um ator versátil e talentoso.
Carreira Internacional:
Ainda em 2003, ele fez sua estreia em Hollywood no filme "As Panteras Detonando" e, no mesmo ano, participou do aclamado "Simplesmente Amor".
Em 2006, Santoro alcançou notoriedade global com a série "Lost" e, no ano seguinte, com o papel do Rei Xerxes no sucesso "300".
Desde então, equilibra sua carreira entre produções brasileiras e estrangeiras, participando de filmes como "O Golpista do Ano" (2009), "O Último Desafio" (2013), "Os 33" (2015), e "Ben-Hur" (2016), onde interpretou Jesus.
Recentemente, ele se destacou nas séries da HBO "Westworld" e, no Brasil, na terceira temporada de "Bom Dia, Verônica". Em 2021, foi aclamado por sua atuação no filme "7 Prisioneiros".
A homenagem com o Kikito de Cristal em Gramado celebra exatamente essa trajetória: a de um ator que, apesar do sucesso internacional, manteve uma forte conexão com o cinema brasileiro.
