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Connection se consolida como maior evento dedicado às indicações geográficas do Brasil

  • Foto do escritor: Tela Tomazeli | Editora
    Tela Tomazeli | Editora
  • há 1 dia
  • 6 min de leitura

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Parabéns Rossi & Zorzanello, pela consolidação de mais uma evento que a partir deste ano vai além fronteiras


Encontro tem programação técnica e exposição de produtos de 52 selos

Com um aumento de 92,5% no número de indicações geográficas (IGs) participantes nos últimos dois anos, o Connection Terroirs do Brasil se consolida como o maior palco para debate sobre esse mercado. Além disso, também se fortalece como encontro para promoção de conexões e exposição de produtos que carregam o selo de certificação de origem. Realizado de quarta (28) até sábado (31), em Gramado (RS), o evento reuniu 52 IGs nesta edição.


Realizado pela Rossi & Zorzanello com correalização do Sebrae, o Connection vem ganhando mais relevância nacional, o que, na avaliação de Marta Rossi, CEO da Rossi & Zorzanello, é fundamental para a ampliação do setor. “Estamos vivendo a valorização do nosso território, e é em cima dele que a gente cresce”.


Na primeira tarde aberta ao público em geral (29), a Alameda Terroirs – área destinada à exposição, degustação e comercialização de produtos com IG – movimentou mais de R$ 40,5 mil, estima o Sebrae. Para além dos valores já confirmados, há expectativa de mais de R$ 110 mil em negócios fechados para o público B2B. A despeito dos dados preliminares, Eduardo Zorzanello, também CEO da empresa, apontou que, o mais importante é a herança que o evento deixa para produtores e artesãos. “Não são apenas os números que demonstram a grandeza do Connection. É, principalmente, o legado e a possibilidade de contar novas histórias”.


Em sua oitava edição, o Connection Terroirs do Brasil valoriza, fomenta e impulsiona a comercializa produtos brasileiros reconhecidos com Indicação Geográfica (IG) – um selo concedido pelo Instituto Nacional da Propriedade Industrial (INPI) que atesta a qualidade e a identidade de produtos ligados ao seu território de origem.


Atualmente, existem 134 IGs no Brasil e outras 43 estão depositadas no INPI aguardando análise, afirmou Maira Fontenele Santana, coordenadora do Núcleo de Inovação Territorial do Sebrae e uma das responsáveis por fazer o diagnóstico de possíveis indicações e apoiar os produtores e artesãos com toda a documentação para requerer o selo. “O Brasil tem potencial para ter mais IGs do que toda a Europa. Mas ainda estamos na "adolescência" do processo. Temos muito a amadurecer", afirmou.


Palestras técnicas

Por dois dias, as manhãs foram dedicadas a palestras e painéis apresentados por especialistas do Brasil e de outros países, como Itália e Costa Rica.


Foram abordados temas como turismo de experiência, sustentabilidade e regeneração e gastronomia. "Na Costa Rica, temos uma pequena área, mas com muita natureza. Definimos quem era o turista que gostaríamos de receber e chegamos ao perfil do aventureiro e alternativo", detalhou Gustavo Alvarado, diretor de Competitividade e Sustentabilidade Turística do Instituto Costarricense de Turismo.

Em sua apresentação, ele mostrou o caminho traçado pelo país para atrair viajantes preservando a natureza e subsidiando toda a economia local. "Focamos em três pilares: inovação, sustentabilidade e inclusão", disse.


Renata Vescovi, do polo Sebrae de Turismo de Experiência, destacou as tendências para este setor, sobretudo no que diz respeito a vivências em meio à natureza. “Após a pandemia, cada vez mais pessoas estão interessadas em se conectar mais com natureza, com outras pessoas, outras culturas, e a partir dessa experiência, se transformar”, pontuou.


Guilherme Paulus, um dos fundadores da CVC, também mostrou um pouco mais das ofertas exclusivas e relacionadas ao terroir do Castelo Saint Andrews.


Mariana Potter Vieira, da Vinícola Guatambu, apresentou as experiências únicas no pampa gaúcho, em Dom Pedrito.


Diogo Carvalho, fundador do Destemperados, e a chef Roberta Sudbrack, falaram de gastronomia e identidade.


O comunicador Dado Schneider, que trouxe o tema “O poder do cooperativismo” para os participantes.


José Luiz Tejon, jornalista e publicitário reconhecido por sua atuação no agribusiness, salientou que o Brasil tem potencial para ser o maior terroir do mundo, dada sua diversidade cultural e climática. "Vamos dobrar o tamanho do agro no país a partir dos terroirs. Ninguém come commodities. Come sabor, experiência. Seremos um imenso terroir, percebido como tal e com sucesso", afirmou.Para Tejon, a realização do Connection é um marco histórico e teórico, pois, pela primeira vez, lançou luz ao assunto. "A nova geração é biorientada. Amam o pequeno, o local, o terroir.


A perspectiva de proximidade entre produtor e consumidor também foi um dos aspectos trazidos por Douglas Paranahyba, economista e coordenador do Polo Sebrae Agro. Ele apresentou uma saída de campo do seu grupo de trabalho aos Estados Unidos, onde diversos produtos exibem, nos rótulos, imagens e histórias dos produtores. "A IG é importante na percepção de valor. Lembremos que origem e autenticidade geram confiança. Tradição e reputação permitem um preço premium. E o storytelling, um item com história, cria maior conexão emocional", observou.

Com uma trajetória de mais de uma década acompanhando o processo de certificação do café das Matas de Rondônia, Renata Silva, da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa), trouxe ao Connection um pouco das suas vivências no trabalho com as comunidades dessa região. Ela sublinhou que a informação é um aspecto fundamental para a valorização de um bem ou produto. "Quando o consumidor percebe algo a mais, ele se dispõe a pagar mais por isso", disse.


Lembrada pelas centenas de produtos com IG, a Itália é mundialmente reconhecida pela qualidade dos itens que produz. Um deles é o Parmigiano Reggiano, queijo típico da província de Reggio Emilia e que mantém, desde os anos 1200, suas características. "Ele é produzido em apenas quatro locais, com leite de apenas um tipo de vaca, alimentada por um feno específico", especificou a chef italiana Francesca Lopresti, da Escola de Gastronomia da Antonio Meneghetti.

Flávio Pizzato, diretor da Vinícola Pizzato, e Alessandro Hervaz, presidente da Denominação de Origem Mantiqueira de Minas, que explanaram sobre como as tecnologias disponíveis hoje permitem a rastreabilidade e autenticidade dos produtos IG.

André Larentis, presidente da Associação dos Produtores de Vinhos Finos do Vale dos Vinhedos (Aprovale), primeira IG registrada no Brasil, subiu ao palco ao lado de Samuel Souza, presidente da Associação dos Artesãos da Alegria, uma das indicações mais recentes. “Começamos fazendo almoços e jantares nos salões das comunidades. Com base na persistência e na insistência, conseguimos evoluir muito”, detalhou Larentis, referindo-se ao crescimento do Vale dos Vinhedos como produtor e ponto turístico.

Fabiana Meister, proprietária do hotel Sandrini, localizado em Tubarão (SC), está pelo segundo ano consecutivo no Connection. Depois de participar das palestras da manhã, ela aproveitou para conhecer os IGs do evento. “Aqui, vemos o que tem de tendências, o que vem desenvolvendo as cidades, as regiões. E na Rua Coberta, observamos a proposta desses produtos de IG. Tudo o que é relacionado ao turismo, à gastronomia, conseguimos agregar aos nossos negócios”, avaliou.



Senac assina Arena Gastronômica do Connection Experience Terroir em Gramado

A Arena Gastronômica do Connection Experience Terroir, que acontece de 28 a 31 de maio é assinada pelo Senac Gastronomia. O espaço conta com aulas-show conduzidas por docentes das escolas Senac de diversas regiões do estado, apresentando receitas elaboradas com produtos de diferentes identificações geográficas (IG). Além da participação na arena, o Senac Gramado foi responsável pelo coquetel da abertura oficial do evento, que acontece no Recreio Gramadense.


Estiveram presentes:Chef Matheus Troglio (Senac Caxias do Sul); IGs: Prudentópolis, Serro, São Joaquim e São Matheus; IGs: Costa Negra, Luiz Alves, Chapada Diamantina e Oeste do Paraná;

IGs: Linhares e Planalto Sul Brasileiro; Chef Eduardo Alberton (Senac Bento Gonçalves); IGs: Litoral Norte Gaúcho, Região de Mara Rosa, Linhares e Farroupilha; IGs: Costa Negra, Inhamuns, Região de Corupá e Altos Montes;IGs: Canastra, São Matheus, Sabará e Vale dos Vinhedos; Senac Gramado;

Chef Bruna Gotardo; IGs: Região de Corupá, Luiz Alves e Norte de Minas; Chef Sandra Weiss Barth;

IGs: Gramado, Farroupilha, Sabará e Oeste do Paraná; Chef Alexsander Thomaz; IGs: Vale dos Vinhedos, Capanema e Campos de Cima da Serra



Gestores do Sebrae realizam encontro nacional em Gramado

O Encontro Nacional do Sebrae reuniu diretores, gestores e representantes de diversos departamentos durante o Connection. O encontro, teve objetivo debater temas estratégicos, compartilhar experiências e alinhar ações em benefício das Indicações Geográficas (IG) e também das micro e pequenas empresas. O encontro aconteceu no Hotel Buona Vitta.


“Este é um grande momento para conectarmos o nosso Brasil com as IGs internacionais. Neste ano, estarão conosco a Itália, que celebra os 150 anos a imigração no Rio Grande do Sul e é referência em produtos certificados, e a Costa Rica, que se tornou modelo de turismo sustentável e inclusivo. Aqui, queremos agregar e ser palco das IGs, e trabalhar pelas causas do Sebrae e das nossas IGs”, comentou.

André Bordignon, coordenador de projetos setoriais no Núcleo de Agronegócio do Sebrae RS, se manifestou em nome do Sebrae/RS. “Nós agradecemos ao Connection por ajudar a promover o tema das Indicações. Queremos que estes dias de imersão sejam memoráveis para todos”, declarou, enfatizando a parceria e aproximação dos três estados do Sul (RS, SC e PR) para trocar histórias e experiências e expandir o tema.


No período da tarde, um dos temas pautados foi conduzido por Luca D’Ambros, da Indicação Geográfica do guaraná de Maués, no Amazonas, que falou do produto e os desafios mercadológicos.



 

O Connection Terroirs do Brasil chega à sua oitava edição com o objetivo de valorizar, fomentar e impulsionar a comercialização dos produtos brasileiros reconhecidos com Indicação Geográfica (IG) – um selo concedido pelo Instituto Nacional da Propriedade Industrial (INPI) que atesta a qualidade e a identidade de produtos ligados ao seu território de origem. Além disso, gerará oportunidades de negócios e buscará desenvolver o potencial turístico dos locais onde estão inseridas essas produções certificadas.





Crédito: Rafael cavalli/Fernando Gusen

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