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A bravura que nasceu da água: Documentário da PRF emociona ao revelar a luta contra as enchentes no RS

  • Foto do escritor: Tela Tomazeli | Editora
    Tela Tomazeli | Editora
  • há 43 minutos
  • 3 min de leitura

GRAMADO, RS – Na última terça-feira (19), a Câmara de Vereadores de Gramado foi palco de um evento que mexeu com o coração de uma plateia que já conhecia a dor de maio de 2024. A Polícia Rodoviária Federal (PRF) lançou o documentário “Sem estradas, com bravura: a atuação da PRF na maior enchente do Brasil”, uma produção que não apenas registra fatos, mas eterniza a coragem, o sacrifício e a humanidade que emergiram do caos.


O filme vai além de um simples relato institucional. Ele mergulha na essência de um dos maiores eventos climáticos do país, mostrando o que aconteceu quando as estradas desapareceram e o desespero tomou conta. A produção reúne depoimentos de sobreviventes e, principalmente, de policiais que se tornaram a última esperança em meio à tragédia.



Lágrimas de gratidão e abraços que curam

O documentário revela a dura realidade que a PRF enfrentou nos primeiros dias de maio. Já na madrugada do dia 30 de abril para o primeiro de maio, as chuvas intensas causaram vários pontos de interrupção nas rodovias. Na Serra, cerca de 150 caminhões ficaram retidos em cada uma das partes, superior e inferior. Com deslizamentos de terra destruindo casas e rodovias, a PRF se viu diante de um cenário de guerra, onde a prioridade máxima era uma só: salvar vidas.


Os relatos são emocionantes. Um dos agentes fala sobre a tensão de ver um colega arriscar a vida em uma operação de resgate aéreo. Outro, com a voz embargada, descreve a experiência de ver um senhor de idade chorando e o abraçando após um resgate, um sentimento que “não sei descrever”.

O documentário não esconde a angústia de dias em que a comunicação era impossível e a vida dos colegas estava em risco. Mas ele também celebra a resposta da corporação. Servidores que estavam em áreas administrativas ou em casa se apresentaram como voluntários, mostrando que a vida sempre os preparou para aquele momento: “Servir para proteger”.


 

Crédito: PRF

Crédito: Edison Vara/Pressphoto
Crédito: Edison Vara/Pressphoto



A lição da solidariedade

"Nenhuma das instituições do estado funciona sozinha", afirma um dos participantes do filme, ecoando um dos principais aprendizados da tragédia. O documentário mostra a integração entre as forças e o papel crucial da sociedade civil. A PRF não apenas realizou resgates, mas também transportou mantimentos, ofereceu apoio logístico e auxiliou outros órgãos de emergência, tudo com um único objetivo: salvar aquelas pessoas.


“É um sentimento que nos move”, diz um policial ao descrever a emoção de ver famílias se reencontrando e a paz sendo restabelecida. O documentário, agora disponível ao público, é um tributo à resiliência do povo gaúcho e à bravura de profissionais que, mesmo sem estradas, abriram caminho para a esperança. É um lembrete de que, mesmo diante da maior adversidade, a coragem e a solidariedade de um povo e de suas instituições podem, sim, vencer a escuridão.



Uma síntese das chuvas no RS, aberta a correções.


A pior catástrofe climática da história do RS: A enchente de 2024 não foi apenas "mais uma chuva". Foi o evento mais devastador já registrado no estado, superando até mesmo a histórica enchente de 1941.


Paralisação de um Estado inteiro: A tragédia não se restringiu a um ou dois pontos. Ela atingiu 95% dos municípios gaúchos, afetando a vida de mais de 2,4 milhões de pessoas. Aeroportos, rodoviárias e estradas foram inundados, paralisando a circulação e o acesso a cidades inteiras.


Cidades desaparecidas e vidas perdidas: A força da água foi tão intensa que destruiu bairros inteiros e, tragicamente, tirou a vida de mais de 180 pessoas. A paisagem de muitas cidades foi irreconhecível, com pontes e casas sendo levadas pela correnteza.


Uma onda de solidariedade: Em meio ao caos, a resposta foi uma das maiores demonstrações de solidariedade da história do Brasil. A mobilização de voluntários, as doações em massa e o trabalho incansável de instituições de resgate mostraram que, mesmo diante de uma tragédia gigantesca, a união e a humanidade foram maiores que a destruição.


Em resumo, o que se viu foi a natureza em sua forma mais destrutiva, desafiando a infraestrutura e a vida de milhões de pessoas, e, ao mesmo tempo, revelando a incrível capacidade do ser humano de se unir e de reconstruir a esperança.



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