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Tomografia computadorizada ajuda a desvendar segredos de dinossauro de 90 milhões de anos, encontrado no Sul do Brasil

  • Foto do escritor: Tela Tomazeli | Editora
    Tela Tomazeli | Editora
  • há 8 horas
  • 4 min de leitura

CIÊNCIA E TECNOLOGIA - Uma tecnologia usada todos os dias para salvar vidas em hospitais brasileiros agora também contribui para revelar a história dos dinossauros na Terra. Em uma iniciativa inédita, o Museu Nacional da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), a Clínica Advance do Rio de Janeiro e a Siemens Healthineers uniram esforços para estudar em profundidade o fóssil do Berthasaura leopoldinae, um pequeno dinossauro sem dentes do período Cretáceo encontrado no sul do Brasil.



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Incrustado por milhões de anos em rocha sedimentar, o frágil fóssil apresentava grandes desafios para seu estudo. Com o apoio da tomografia computadorizada de alta resolução da Siemens Healthineers, foi possível obter imagens detalhadas sem danificar a peça original.


O projeto permitiu reconstruir digitalmente o esqueleto, produzir impressões 3D e descobrir detalhes anatômicos inéditos, como seu sistema de vértebras altamente pneumáticas, sua curiosa postura semelhante à das avestruzes atuais e a descoberta adicional de ossos de um pterossauro coexistente.


A tomografia utilizada combina alta definição de imagem com recursos de inteligência artificial aplicados à aquisição e reconstrução e análise de imagens, permitindo observar estruturas extremamente delicadas em detalhes milimétricos. Essa precisão foi fundamental para analisar o fóssil de forma não invasiva, preservando sua integridade e possibilitando as descobertas que antes seriam inviáveis.


“Este caso ilustra o potencial da tomografia computadorizada além da medicina, demonstrando como nossa tecnologia pode contribuir para a ciência básica, a educação e o patrimônio cultural”, enfatiza a Dra. Ana Carolina da Silva, PhD, Gerente de Colaboração Clínica para Tomografia Computadorizada na Siemens Healthineers na América Latina.


O trabalho foi publicado anteriormente na prestigiosa revista Scientific Reports, e o modelo impresso em 3D do esqueleto faz hoje parte das exposições educativas do Museu Nacional (UFRJ).



Crédito: Divulgação Siemens Healthineers
Crédito: Divulgação Siemens Healthineers


Berthasaura leopoldinae: Detalhes da descoberta e do estudo por Tomografia Computadorizada


O Berthasaura Leopoldinae é uma nova espécie de dinossauro brasileiro que representa uma das descobertas paleontológicas mais importantes no país nos últimos anos, especialmente pelo uso da tomografia computadorizada em seu estudo.


Localização da descoberta

Município: O fóssil foi encontrado em Cruzeiro do Oeste, no noroeste do estado do Paraná, em escavações conduzidas em um corte de estrada rural.


Sítio Fossilífero: A região é conhecida como "Cemitério dos Pterossauros" devido à grande quantidade de fósseis desses répteis alados descobertos no local. A área era um oásis em um grande deserto durante o período em que o dinossauro viveu.


Período Geológico: O Berthasaura leopoldinae viveu no Período Cretáceo, há cerca de 70 a 80 milhões de anos.



Características do Dinossauro

Tamanho e Grupo: Era um dinossauro de pequeno porte, medindo aproximadamente 1 metro de comprimento. Pertence ao grupo dos Terópodes (o mesmo do T. rex), mas apresenta características muito raras.


O Fóssil: O esqueleto encontrado é um dos mais completos e intactos de um dinossauro do período Cretáceo já descoberto no Brasil.


Característica Distintiva (Desdentado): A principal característica rara e surpreendente do Berthasaura é o fato de ser desdentado. Ele possuía um bico córneo (semelhante ao das aves atuais) com uma lâmina óssea bem desenvolvida na arcada superior. Esta foi a primeira espécie de terópode desdentada já achada na América do Sul.


Dieta: Por ser desdentado e viver em uma área desértica restrita (oásis), os pesquisadores sugerem que o Berthasaura tinha uma dieta onívora, aproveitando ao máximo os recursos disponíveis, tanto vegetais quanto animais.


Nome: O nome é uma homenagem tripla:

Berthasaura: Homenageia a zoóloga e ativista Bertha Maria Júlia Lutz (1894-1976), pioneira na luta pelos direitos políticos das mulheres no Brasil.


leopoldinae: Homenageia a Imperatriz Maria Leopoldina (1797-1826), grande entusiasta das ciências naturais, e a escola de samba Imperatriz Leopoldinense, que homenageou o Museu Nacional em um desfile.



O papel da Tomografia Computadorizada

A tomografia computadorizada de alta resolução foi fundamental para o estudo do fóssil, que estava incrustado em uma rocha sedimentar e era muito frágil:


Estudo Não Invasivo: A tecnologia permitiu obter imagens detalhadas do esqueleto sem danificar a peça original, preservando sua integridade.


Reconstrução e Detalhes: Foi possível reconstruir digitalmente o esqueleto e descobrir detalhes anatômicos que seriam inviáveis por métodos tradicionais, como:

Seu sistema de vértebras altamente pneumáticas (com cavidades de ar).

Sua curiosa postura semelhante à das avestruzes atuais.

Detalhes do crânio que revelaram a presença do bico córneo.


Colaboração: O estudo do fóssil (conservado no Museu Nacional/UFRJ) envolveu uma parceria entre pesquisadores do Museu Nacional/UFRJ, da COPPE/UFRJ e do Centro Paleontológico da Universidade do Contestado (CENPALEO), com o apoio de empresas de tecnologia (como a Siemens Healthineers e a Clínica Advance) para a realização da tomografia.



Sobre a Siemens Healthineers

A Siemens Healthineers é pioneira em avanços na saúde. Para todos. Em todos os lugares. De forma sustentável. A empresa é fornecedora global de equipamentos, soluções e serviços de saúde, com atividade em mais de 180 países e representação direta em mais de 70. O grupo inclui a Siemens Healthineers AG, listada como SHL em Frankfurt, Alemanha e as suas subsidiárias. Como uma empresa líder em tecnologia médica, a Siemens Healthineers está empenhada em melhorar o acesso aos cuidados de saúde para comunidades desfavorecidas em todo o mundo e se esforça para combater doenças mais ameaçadoras. A empresa atua principalmente nas áreas de diagnóstico por imagem, cuidados oncológicos e terapias minimamente invasivas, aprimoradas pela tecnologia digital e inteligência artificial. No ano fiscal de 2024, encerrado em 30 de setembro de 2024, a Siemens Healthineers tinha aproximadamente 72.000 funcionários em todo o mundo e receita gerada de 22,4 mil milhões de euros, aproximadamente. Mais informações estão disponíveis em: www.siemens-healthineers.com



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