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A cidade brasileira do Papai Noel

  • Foto do escritor: Romeo Ernesto Riegel | Crônica
    Romeo Ernesto Riegel | Crônica
  • há 1 hora
  • 2 min de leitura

É bem conhecido que já fomos, meio século atrás, a mais importante cidade turística do Rio Grande do Sul e célebre em todo o país. Nessa época, os pinheiros alemães, que cobriam a cidade, projetavam nossa glória tendo a seus pés, mananciais de hortênsias como repousante adorno florido. E a grandeza de Gramado vinha da terra, e seus visitantes eram chamados de veranistas.


O motivo seguinte que adotamos foi o cinema. O progresso já tinha deixado os pinheiros alemães e as hortênsias meio fora de lugar, e as telas cinematográficas eram a maior atração artística que esses tempos ofereciam. A cidade entregou-se a esse cenário e montou aqui o maior Festival de Cinema do Brasil. E a grandeza de Gramado vinha das fantasias derramadas pelas telas de projeção e seus visitantes começaram a ser chamados de turistas.


Mas a televisão fez a apresentação pública de filmes perder o interesse. Então surgiu a internet e o turbilhão dos apelos cibernéticos e Gramado entrou nela munido de entusiasmo especial porque tinha que competir usando os avanços técnicos que varreram o mundo. E para ser a melhor no meio de tanta concorrência, a cidade cobriu-se de luzes e pediu socorro ao Papai Noel.


O motivo que levou a pedir ajuda ao Papai Noel foi o de que ele tem se mostrado acima das fragilidades das mudanças que andaram acontecendo por Gramado durante todo o século de sua existência, mantendo cordial e irrestrita fidelidade às fases municipais de sombras e de esplendor. E dedicou aos donos da terra, em cada época, a complacência de um julgamento generoso, amenizando seus surtos de vaidade ou de incompetência, como riscos históricos inerentes à natureza humana e sempre dignos de perdão e de afeto.


Então, Noel sempre disposto a fazer nossas vontades, pediu socorro ao Menino Jesus prontificando-se, em troca, a ser o animador de seu aniversário em todos os fins de ano que ainda houvessem. O menino Jesus aceitou, com a condição de que suas festas anuais tivessem o nome de Natal Luz. E sobre esse cândido acordo, os gramadenses uniram seus talentos e construíram a glória de qualificar Gramado como A Cidade Brasileira do Papai Noel.

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