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Sistema Antigranizo: Prefeito Adiló Didomenico, lidera movimento para implantação. Gramado trabalha com técnico no Projeto AdaptAÇÃO

  • Foto do escritor: Tela Tomazeli | Editora
    Tela Tomazeli | Editora
  • há 1 hora
  • 4 min de leitura

CAXIAS DO SUL - O Prefeito Adiló cobra agilidade da Secretaria Estadual da Agricultura em relação ao sistema antigranizo. Ele esteve nas áreas atingidas na sexta-feira, que causou prejuízos de R$ 6,5 milhões em 100 propriedades rurais da cidade



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O Prefeito Adiló Didomenico está cobrando agilidade da Secretaria Estadual da Agricultura (SEAPI) em relação à instalação do sistema atingranizo na Serra Gaúcha. Caxias do Sul teve 100 propriedades rurais atingidas com forte chuva de granizo na madrugada da última sexta-feira (28), causando prejuídos estimados em R$ 6,5 milhões. Adiló esteve em algumas propriedades acompanhado pelo secretário da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, Rudimar Menegotto.

 

"Nós, já há um ano e meio, estamos batalhando com o projeto antigraniso e agora nós vamos cobrar muito forte da Secretaria responsável para que a gente possa avançar esse projeto. Não é possível, não dá mais para ficar aguardando. É um projeto já comprovado com os seus resultados positivos em outro estado e nós precisamos adotar isso, só pena de desestimular as pessoas e permanecer na propriedade rural", disse o Prefeito ao conferir os estragos nas plantações de frutas, principalmente uva e ameixa.

 

A SMAPA é uma das principais articuladoras para a instalação do sistema antigranizo na Serra e região dos Campos de Cima da Serra. O último encontro sobre o assunto ocorreu em 12 de novembro na Casa Civil, em Porto Alegre, reunindo prefeitos, representantes de entidades e da Secretaria Estadual da Agricultura, Pecuária, Produção Sustentável e Irrigação (SEAPI), com o objetivo de definir os próximos passos na implantação e no acompanhamento do sistema, que deve beneficiar os produtores rurais de Caxias do Sul e região. Dezessete municípios já demonstraram interesse no sistema.

 

Os recursos para a instalação devem ser provenientes do Fundo de Desenvolvimento da Vitivinicultura (Fundovitis), enquanto a manutenção ficará sob responsabilidade dos municípios. Os investimentos devem ser em torno de R$ 15 milhões.



Propriedade Família Santini em São Valentim da 2ª légua, Caxias do Sul. Crédito: Andréia Copini
Propriedade Família Santini em São Valentim da 2ª légua, Caxias do Sul. Crédito: Andréia Copini

 


O que é e como funciona o Sistema Antigranizo?

O sistema antigranizo que está sendo estudado e articulado pelos municípios da Serra Gaúcha, com apoio da Secretaria Estadual da Agricultura, é baseado em tecnologias que visam modificar a estrutura das nuvens para que o granizo não se forme ou caia em pedras menores, diminuindo o seu impacto.



O que é (Tecnologia mais mencionada):

  • É um sistema de semeadura de nuvens (cloud seeding).

  • Envolve o uso de geradores de iodeto de prata (), frequentemente chamados de "canhões antigranizo" na mídia, embora o mecanismo principal não seja apenas sônico (como em alguns modelos mais antigos).


Como funciona:

  • Monitoramento: Um sistema de monitoramento por radar ou satélite detecta a formação de nuvens carregadas e propensas à formação de granizo.

  • Ação: O equipamento (gerador) é acionado remotamente e queima o iodeto de prata.

  • Dispersão: As partículas de agem como núcleos de condensação. Ao serem dispersas nas nuvens, elas competem com os núcleos naturais, fazendo com que a umidade da nuvem se congele em inúmeros pequenos cristais de gelo (ou seja, granizo miúdo ou apenas chuva) em vez de se concentrar em grandes e destrutivas pedras de gelo.

  • Objetivo: O principal objetivo é diminuir o tamanho das pedras de granizo ou transformá-las em chuva, mitigando os danos nas lavouras.



Quais municípios possuem/estão em Processo no RS?

Não há um sistema antigranizo estadual já em operação em todos os municípios do RS mantido pela SEAPI. O que está em andamento é a articulação de um projeto regional de grande porte para a região mais afetada na agricultura:


  • Região em articulação: A Serra Gaúcha e os Campos de Cima da Serra.

  • Adesão/Interesse: Um consórcio de municípios está sendo formalizado para ratear os custos de implantação e manutenção, buscando apoio do Governo do Estado. Os municípios que mais ativamente estão envolvidos no projeto de implementação, segundo as últimas notícias, são cerca de 14 a 17 municípios, incluindo:

    • Caxias do Sul (principal articuladora).

    • Flores da Cunha.

    • Nova Pádua.

    • Antônio Prado.

    • Nova Roma do Sul, entre outros.



    Sistemas particulares/isolados: É importante notar que, isoladamente, vinícolas ou grandes propriedades rurais podem ter adotado a tecnologia antigranizo (como o "canhão sônico" ou redes de proteção) em áreas específicas, como há relatos no Vale dos Vinhedos (Bento Gonçalves e Pinto Bandeira). Estes são investimentos privados e não o projeto regional com envolvimento da Secretaria Estadual.



A Secretaria Estadual da Agricultura (SEAPI) está apoiando a articulação e participando das reuniões para buscar o financiamento necessário para viabilizar a implantação do sistema na Serra, que é uma região crucial para a vitivinicultura e fruticultura do estado.



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Gramado

Fiquei me questionando se, mesmo dentro deste Projeto AdaptAÇÃO, o qual o município passou a fazer parte, não seria interessante participar de iniciativas como o consórcio antigranizo, para combater eventos destrutivos específicos, como o granizo. Não seria uma providência a curto prazo? Nosso município tem esta demanda?



Gramado foi selecionado pelo Ministério das Cidades para receber suporte técnico no Projeto AdaptAÇÃO. Este projeto não se limita a combater o granizo; ele é um motor para a transformação do planejamento urbano da cidade, focando em:


  • Revisão e aprimoramento do Zoneamento Urbano: Para garantir que o crescimento da cidade respeite as áreas de risco, minimizando a exposição a inundações e deslizamentos.


  • Regularização fundiária: Alinhando o uso do solo com a segurança geológica e climática.


  • Estudos de impacto de vizinhança (EIV): Incorporando a análise de riscos climáticos nas novas construções e empreendimentos.



O contexto da escolha: A seleção de Gramado para o AdaptAÇÃO ocorreu justamente por demonstrar a urgência em adaptar seu planejamento aos riscos que vão além do granizo, como a instabilidade geológica e as inundações. O projeto fornecerá o conhecimento técnico e acadêmico necessário para que a adaptação climática seja incorporada nas novas regras urbanas, tornando a cidade mais robusta.


O Projeto AdaptAÇÃO, foca na resiliência sistêmica contra a totalidade dos eventos extremos resultantes das mudanças climáticas (chuvas intensas, deslizamentos, instabilidade).


Ao investir no Projeto AdaptAÇÃO, Gramado reconhece que a proteção do seu atrativo turístico e a segurança de seus moradores dependem de um planejamento que não apenas reage aos desastres, mas que se antecipa a eles. É o uso da ciência e o planejamento urbano para garantir que Gramado resista às tempestades do futuro.


Com uma postura pioneira em adaptação urbana, Gramado se posiciona como um modelo de como o turismo e a resiliência climática podem e devem andar lado a lado na região.

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