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Moratória deve seguir por mais de 180 dias, para construção de hotéis e restaurantes, em Gramado

  • Foto do escritor: Tela Tomazeli | Editora
    Tela Tomazeli | Editora
  • há 3 horas
  • 4 min de leitura

HOTELARIA - O pedido é para os hotéis, mas deve seguir contemplando a gastronomia. A avaliação do empresário Guilherme Paulus sobre a moratória.


O Sindicato da Hotelaria, Restaurantes, Bares e Similares da Região das Hortênsias (Sindtur Serra Gaúcha) protocolou um pedido formal junto ao Executivo Municipal de Gramado solicitando a ampliação da moratória que suspende temporariamente a aprovação de novos empreendimentos hoteleiros na cidade. A medida, que já está em vigor, é vista pela entidade como crucial para garantir um desenvolvimento turístico equilibrado e sustentável.



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O encontro e a posição do Setor

O pleito foi oficializado em uma reunião na Prefeitura, que contou com a presença do presidente do Sindtur, Cláudio Souza, do vice-presidente, Cristiano Doval, e da Executiva da entidade, Lisa Gottschalk. Pela Prefeitura, participaram o Prefeito Nestor Tissot, o vice Luia Barbacovi, e o Secretário de Planejamento, Rafael Bazzan.



A moratória inicial foi estabelecida pelo Decreto Municipal Nº 2277/2025 e suspendeu por 180 dias a análise de novos projetos hoteleiros com mais de 20 unidades, e de novos restaurantes com mais de 20 cadeiras na área central. A solicitação de prorrogação do Sindtur não visa frear o investimento, mas sim dar continuidade à pausa estratégica.



Crédito: Divulgação
Crédito: Divulgação


Os objetivos da prorrogação

O Sindtur reforça que a ampliação do prazo é fundamental para que o município possa consolidar uma análise aprofundada sobre a infraestrutura pública existente e a sua real capacidade de atendimento. Os principais objetivos levantados pela entidade são:


  • Consolidação de Análises: Permitir que o Executivo finalize estudos cruciais sobre o impacto do crescimento acelerado nos serviços essenciais, como água, saneamento e mobilidade urbana.

  • Avaliação de Demanda: Dar tempo para que o município avalie com segurança o comportamento da demanda turística frente ao aumento significativo da oferta de leitos na cidade.

  • Compatibilidade e Qualidade: Garantir que a futura expansão hoteleira seja estritamente compatível com a infraestrutura instalada, evitando a sobrecarga dos serviços públicos e, principalmente, preservando a qualidade da experiência turística que consolidou Gramado como referência nacional.



Sustentabilidade em Primeiro Lugar

O presidente Cláudio Souza foi enfático ao defender o pedido: “Reforçamos que a solicitação não busca frear o desenvolvimento, mas assegurar que ele aconteça de forma equilibrada e sustentável, protegendo a comunidade, o setor e o posicionamento de Gramado como referência nacional em turismo.”


A prorrogação da moratória é vista, portanto, como uma ferramenta de planejamento urbano estratégico. Ela busca evitar que a explosão de novos empreendimentos comprometa a capacidade da cidade de suportar o fluxo de visitantes, garantindo que o futuro crescimento do turismo contribua positivamente para a qualidade de vida do morador e para a saúde econômica dos negócios já estabelecidos.


O Executivo Municipal deve agora analisar a solicitação do Sindtur, ponderando os impactos da prorrogação para definir os próximos passos da política de desenvolvimento e ordenamento urbano de Gramado.



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"Para analisar a Moratória de alvarás em Gramado, conversamos com Guilherme Paulus (Castelo Saint Andrews), um dos nomes mais respeitados do Turismo brasileiro.

 

"Gramado: Priorizar a qualidade em detrimento da quantidade

Por Guilherme Paulus 


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O alerta da sobrecarga de leitos

Como empresário do setor e atento à Avaliação de Demanda, vejo com preocupação o cenário que se desenha em Gramado. A construção de dezenas de novos empreendimentos nos próximos três anos provocará um aumento muito significativo da oferta de leitos. Este crescimento, se não for imediatamente acompanhado por um plano de infraestrutura, nos levará a um descompasso perigoso.


Nossa cidade, que se tornou referência nacional e internacional, corre o risco de sofrer uma sobrecarga nos serviços públicos. Não podemos perder a qualidade do destino. O crescimento desordenado e rápido é o maior inimigo da sustentabilidade. A deterioração de serviços essenciais minará o valor da marca Gramado.

 

Fortalecer para depois avançar

É fundamental que o município adote um olhar estratégico. Nos últimos cinco anos, o setor sofreu demais com a pandemia e as enchentes. Os empresários buscam hoje se reorganizar. É crucial fortalecer os empreendimentos já estabelecidos e garantir a estabilidade do ecossistema turístico que já opera.


O momento exige cautela e gestão estratégica. É necessário fazer uma pausa para olhar o que já temos.


O avanço deve ocorrer de forma planejada (como sempre foi feito), garantindo que o aumento da oferta de leitos seja acompanhado por investimentos proporcionais em saneamento, trânsito, segurança e divulgação dos eventos já programados para os próximos anos.


O futuro de Gramado depende da integração com a sociedade, de priorizarmos a excelência sobre a quantidade".





Dados de Hospedagem (Leitos e Hotéis)

Categoria

Dado Atual

Potencial Futuro

Ocupação Média (últimos 4 anos)

Leitos

Mais de 26 mil

Pode chegar a mais de 36 mil leitos (com licenças em tramitação)

Varia entre 40% e 60%

Hotéis/Similares

200 hotéis

Não especificado

Não especificado

Atrativos Turísticos

75

Não especificado

Não especificado



Dados de Restaurantes, Bares e Congêneres

Categoria

Dado Atual

Solicitações em Tramitação

Restaurantes

Mais de 300

Cerca de 40 solicitações

Licenças Pendentes (Fazenda)

Não especificado

20 alvarás de funcionamento

Novos Alvarás Sanitários

Não especificado

20 solicitações em análise


 Decretos válidos e restrições aplicáveis

  • Hotéis, Pousadas e Similares (Novas Instalações):

    • Sujeitos ao novo decreto.

    • Aplica-se a estabelecimentos com mais de 20 unidades de hospedagem.

    • Abrange toda a cidade.


  • Restaurantes, Bares e Congêneres:

    • Sujeitos à restrição.

    • Aplica-se a estabelecimentos com mais de 20 cadeiras.

    • Restrição válida apenas para a área central da cidade.



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