Luiz Candreva, fim do monopólio do pensamento humano

MEETING FESTURIS - A palestra de Luiz Candreva abordou a transformação radical do futuro, centrando-se no fim do monopólio do pensamento humano. O palestrante argumenta que, até o presente momento, o ser humano era o piloto exclusivo na criação do futuro. Contudo, com o surgimento da Inteligência Artificial (IA), passamos a ter um copiloto que pensa e desenvolve junto conosco. A perspectiva é que a IA se torne o piloto, e nós, humanos, sejamos apenas passageiros, deixando de ser os protagonistas dessa jornada. Essa mudança é vista com resistência, pois somos refratários à transformação.

Candreva. Crédito: Anselmo Cunha/Festuris

Refletindo sobre a palestra de Pondé e a de Candreva percebo que: "Candreva considera a tecnologia o caminho (o veículo inevitável para a exploração e a prosperidade futura), e Pondé a fuga (um desvio confortável da confrontação da angústia e da tragédia inerentes à condição humana)."

Para Candreva, o futuro é definido pelo fim do monopólio do pensamento humano, com a Inteligência Artificial assumindo o papel de piloto. Resistir à mudança (ser "à prova de futuro") é ser irrelevante; a estratégia é aprender a surfar a onda tecnológica, sequestrando valor futuro através da Ação no Presente.

A chave para isso está em duas lições:

Heterogeneidade: O futuro chega em múltiplos cenários que geram "não óbvios"—oportunidades escondidas sob grandes disrupções, como o impacto da carne cultivada ou do transporte de alta velocidade na hotelaria e no agronegócio.

Hiper-personalização: O cliente exige serviços individuais (1:1), e não mais coletivos, o que é viabilizado pela união de IA com a Computação Quântica (reduzindo a incerteza decisória) e pela Robótica/Realidade Virtual (gerando experiências imersivas).

O profissional de sucesso é o resolvedor de problemas complexos, capaz de conectar competências de diferentes domínios. O convite final é simples: enfrentar os medos, projetar os sonhos e agir no presente com disciplina exploratória.