Parque do Palácio: Nova lei transforma área em lazer e meio ambiente; Palácio das Hortênsias continua sendo do Estado.
- Tela Tomazeli | Editora
- há 27 minutos
- 2 min de leitura
Atualizado: há 3 minutos
CANELA – "O recente debate sobre a doação do Parque do Palácio, para a Prefeitura de Canela, despertou em mim memórias importantes relacionadas ao Palácio das Hortênsias, a residência de lazer do Governador do Estado na Serra Gaúcha.
Tive a oportunidade de frequentar o Palácio na gestão do Governador Alceu Collares (in memoriam), período em que meu irmão, Caio Tomazeli, atuava como Secretário de Relações Internacionais. Lembro-me com carinho dos eventos sociais e diplomáticos que ali aconteciam.
Em particular, destaco as atividades organizadas por Dona Neusa Canabarro, que frequentemente promovia encontros voltados às mulheres, em grande parte, esposas de autoridades nacionais e internacionais que visitavam o Rio Grande do Sul e eram conduzidas em visitas a Gramado e Canela. Muitas vezes participei da organização desses eventos e, em outras ocasiões, como convidada.
Fico satisfeita em saber que a casa, o Palácio das Hortênsias em si, permanecerá sob a posse e uso do Governo do Estado, preservando sua função histórica e institucional como morada oficial na região serrana."

O Município de Canela deu um passo decisivo em seu planejamento urbano e ambiental. Em uma solenidade cartorária realizada no mês de novembro o prefeito Gilberto Cezar assinou a escritura pública que oficializa a doação de uma área de 9,1 hectares (equivalente a 91.230,00m² ) que fazia parte do complexo do Palácio das Hortênsias, a residência oficial de lazer do Governador do Estado.
A transferência do terreno, que integrava um complexo maior de 235.494,00m² e era objeto de um pleito municipal de mais de 25 anos, só foi possível após a aprovação unânime do Projeto de Lei n° 272/2025 pela Assembleia Legislativa do Rio Grande do Sul.
Nova finalidade e fim do Centro de Convenções
A doação tem como objetivo principal a implantação do empreendimento denominado Parque do Palácio. Modificou a Lei que originalmente exigia a construção de um Centro de Convenções e Congressos no local.
Com a nova legislação, a área será dedicada exclusivamente a usos públicos, focando em:
Lazer e prática esportiva
Cultura e Arte
Educação ambiental
Eventos comunitários
Potencial genuíno e preservação ambiental

O prefeito Gilberto Cezar destacou o valor do terreno, estimado hoje em R$ 200 milhões, mas ressaltou que seu potencial para a comunidade é "gigantesco".
O secretário de Meio Ambiente e Urbanismo, Carlos Frozi, salientou a importância ecológica da área, lembrando que no Parque do Palácio se encontra "o último exemplar da vegetação Campos de Cima da Serra em meio urbano, o que torna essa área ainda mais rica e única".
Próximos passos e restrições
O Município agora tem um prazo de 15 (quinze) anos para realizar as melhorias no local, sob pena de reversão do bem ao patrimônio do Estado. O primeiro passo será a promoção, no próximo ano, de um concurso nacional de arquitetura através do Instituto de Arquitetos do Brasil (IAB).
É importante notar que a doação se refere apenas à área verde do Parque. A Casa (o Palácio das Hortênsias) e o restante do complexo continuam sendo de propriedade e responsabilidade do Governo do Estado do Rio Grande do Sul. Além disso, o terreno doado não poderá ser repassado para a iniciativa privada.
Anuncie aqui!







































































