O estreito de Ormuz
- Tela Tomazeli | Editora
- 22 de jun.
- 3 min de leitura
MUNDO
No Oriente Médio, o Estreito de Ormuz está situado na entrada do Golfo Pérsico, entre Omã, localizado na Península Arábica e o Irã. É uma das principais rotas de comércio e, portanto, trata-se de uma via marítima estratégica por onde transita mais de 33% do petróleo mundial e 20% do transporte marítimo mundial.
Por isso, qualquer coisa que aconteça por ali reflete no preço da gasolina e na economia do mundo todo. De pequena extensão, tem 54 km de largura mínima ( aqui aparecem distâncias diferentes nas pesquisas que fiz, então usarei esta, citada na fonte abaixo), e seu trecho mais largo não passa de 100 km.
Para alguns, Estreito de Ormuz é assim chamado pois, deriva do nome do Deus Persa Ormoz e para outros historiadores e linguistas o nome é oriundo de uma palavra persa local chamada Hur-mogh, que significa Tamareira. Fonte
O Estreito de Ormuz é a única ligação entre o Golfo Pérsico e os oceanos. Todo o tráfego marítimo de e para os principais países exportadores de petróleo do mundo tem que passar pela via. O Estreito de Ormuz é também importante para o transporte de gás natural liquefeito (GNL) do Catar, o maior fornecedor mundial do produto.
O ponto mais estreito da passagem se situa entre o Irã, ao norte, e Omã, ao sul. Considerando-se as águas territoriais dos dois países, a área navegável se reduz a apenas 10 quilômetros. Nessa faixa de água é que os superpetroleiros passam, diariamente, transportando mais de 15 milhões de barris de petróleo.
O petróleo vem de países como Arábia Saudita, Iraque, Irã, Kuwait, Catar, Bahrein e Emirados Árabes Unidos. Os navios viajam com destino aos Estados Unidos, Europa Ocidental e sobretudo, China, Índia e Japão. Fonte

Situação estratégica das ilhas
Próximo da costa norte situam-se algumas ilhas, que incluem Kish, Queixome, Abu Musa e as Tunbs Maior e Menor. Essas ilhas têm posições estratégicas enormes, funcionando com plataformas de controle do tráfego marítimo, além disso, a importância estratégica do estreito se deve principalmente por ser uma importante rota de escoamento de petróleo oriundo dos países árabes produtores da região.
Quem controla o Golfo Pérsico?
A maior ilha do Golfo Pérsico é Qeshm, localizada no Estreito de Ormuz, pertencente ao Irã. O Irã também administra Greater Tunb, Tunb Menor e Kish. Sob a administração do Kuwait está Budiyan. A Arábia Saudita administra Tarout e Dalma está sob a jurisdição dos Emirados Árabes Unidos. Fonte
O Irã domina o estreito de Ormuz?
O Irã não tem o domínio completo do estreito de Ormuz, mas controla parte significativa da costa e das águas territoriais no lado norte. O direito de passagem por águas internacionais é um tratado da Convenção das Nações Unidas sobre o Direito do Mar. Fonte
Rotas alternativas ao Estreito de Ormuz
Embora não na medida necessária, os países da região possuem algumas rotas alternativas para o escoamento de sua produção de petróleo caso ocorra algum bloqueio no Estreito de Ormuz. Os Emirados Árabes Unidos têm um gasoduto que liga Abu Dhabi diretamente ao Golfo de Omã, evitando, assim, o Estreito de Ormuz pela parte sul. A Arábia Saudita possui um oleoduto que pode levar o petróleo do Golfo Pérsico ao Mar Vermelho. Com eles, ambos os países querem reduzir sua dependência geopolítica.
Todavia, as capacidades existentes não bastariam para compensar a escassez resultante de um eventual bloqueio. De acordo com especialistas, elas não cobririam nem o consumo diário de petróleo da China e do Japão. Fonte
Efeitos colaterais: energia, inflação e cadeias de suprimento
Caso o bloqueio se confirme, o impacto seria imediato nos preços dos combustíveis — da gasolina e do diesel ao gás e à eletricidade. A cadeia produtiva sofreria choques similares aos registrados durante a pandemia e após a invasão da Ucrânia pela Rússia, elevando custos logísticos, alimentos e inflação no mundo todo. Fonte
Impactos no Brasil leia no link abaixo:

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