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Gramado e Suas Mães de Sempre

  • Foto do escritor: Tela Tomazeli | Editora
    Tela Tomazeli | Editora
  • há 2 dias
  • 11 min de leitura

HOMENAGENS

Na noite desta quinta-feira, 22, a Sociedade Recreio Gramadense foi palco de mais uma edição do projeto, 'Gramado e Suas Mães de Sempre', que tem por objetivo ressaltar o papel das mulhres, mães gramadenses, da ancestralidade aos dias atuais. O projeto foi uma concepção do professor Romeo Ernesto Riegel, dentro do 'guarda-chuva' da Academia Gramadense de Letras. Em cada edição, anual, painéis fotográficos e descrições biográficas das 10 mulheres homenageadas são expostos.


Para a escolha das homengeadas, cada acadêmico indica e os integrantes da entidade entram em um consenso. A Sociedade Recreio Gramadense indica duas. A honraria é recebida por um familiar.




A Academia Gramadense de Letras e Artes é uma associação legalmente constituída e oficialmente vinculada à Sociedade Recreio Gramadense em uma parceria formal, o que a faz componente oficial do clube.


Diretroira atual:

Presidente – Marco Antônio Lopes Ferreira

Vice-presidente – Rita Márcia Gil

Tesoureiro – Pepeu Gonçalves

Secretária – Sônia Schlee

Conselho Consultivo

Iraci Casagrande Koppe

Sebastião Fonseca de Oliveira

Débora Irion

Conselho Fiscal

Marta Rossi

Allan John Lino

Olinda Allessandrini



As homenageadas, o histórico de cada uma e os familiares que foram receber a honraria, na Sociedade Recreio Gramadenbse.




Wally Bauer Bender

Wally Bauer Bender tinha 18 anos quando chegou a Gramado, vinda de Taquara. Encontrou aqui uma povoação que se abria para o convívio e os modos sociais, sob a afável, incansável e competente orientação de Osvaldina Lied. Dotada de prematuro dom artístico já trouxe junto o diploma de modista, qualificação que significava confeccionar vestidos de festa para as damas exibirem em seus momentos de maior destaque social. Cinco anos depois casou-se com o também alfaiate Jurandir Bender formando uma dupla de profissionais respeitada por muitos anos. Ambos carregaram a fama de guardiões da moda em Gramado, onde o pequeno número de habitantes ficava exposto a comparações tanto de aparência quanto de destaques econômico ou profissional. As vestimentas femininas que desenhava e confeccionava eram sempre originais e usadas por cada cliente em uma única ocasião, porque a figura pessoal que elas produziam deixavam imagens inesquecíveis. O campo da moda no começo do século XX era muito rico em talentos e rendimento econômico, por isso, havia franca concorrência entre as profissionais de Gramado de Canela. No entanto, D. Wally foi capaz de manter seu destaque mesmo depois do advento das confecções industriais. Wally Bender passou a vida alinhada com sua máquina de costura e o afeto de muitas jovens que envelheceram à sua volta, adaptadas com elegância aos sucessivos estágios da vida delas. Ela conferiu à Gramado momentos de fina distinção, à época em que nossa cidade começava a construir a grandeza que tem hoje.


Susana Strassburger
Susana Strassburger recebeu a homenagem. Crédito: Rafael cavalli



Angelina Perine

Angelina Perine ainda muito jovem casou com Francisco Perine. Tendo por palco o Distrito do Vinte e Oito, teve muitos filhos que se criaram sob o perfume de parreirais, de barricas de vinho e de um ambiente colonial de todos os cheiros. Porém, arrastando tamancos, fazendo polenta e enfrentado o rigor das mulheres da sua época, consolidou suave presença feminina ao demonstrar fidelidade às suas origens, à sua família e à sociedade na qual lhe coube viver. E mesmo sempre falando o dialeto de seus antepassados e nunca deixou de morar no Vinte e Oito. E ainda por cima, gostava de política. Nos assuntos políticos, o som de seus tamancos e o valor de suas reservadas opiniões inspiraram muitas decisões – provavelmente até de seu filho que virou prefeito de Gramado. Seu marido tinha uma personalidade alegre e contagiosa. Consolidou sólidas relações pessoais com políticos de renome nacional tais como Fernando Ferrari, que volta e meia aparecia na roça onde Seu Chico trabalhava, sentava sobre uma pedra e descarregava emoções nunca ouvidas em outro lugar; ou, do mais tarde vice-presidente da República, Adalberto Pereira dos Santos que foi escondido na casa da dona Angelina para não ser preso. Pelo modo agradável de tratar as pessoas, o casal sempre tinha a residência cheia de gente. Então, perguntaram à dona Angelina se ela não se incomodava de ter tantas visitas. E numa frase que rendeu muitos exemplos ela respondeu: “pior se não viesse ninguém”. E essa frase foi compreendida e marcou a dimensão de uma das mais lúcidas personalidades gramadenses de todos os tempos.



Zila casagrande recebeu a homenagem. Crédito: Rafael Cavalli
Zila casagrande recebeu a homenagem. Crédito: Rafael Cavalli



Celina Bosle Pasqual

O nome dela era Celina Bosle Pasqual, mas passou a ocupar as páginas da nossa lembrança como Dona Nenê, a artesã que há 100 anos adoça as páginas de nossa história. Aconteceu que Dona Nenê, certa vez, veio a Gramado visitar sua irmã Amélia, primeira professora que Gramado teve. Era bem jovem e logo conheceu Cláudio Paschoal, renomado alfaiate, viúvo e com um filho para criar. Deste conhecimento resultou que se casaram e tiveram três filhos. Cláudio progrediu e de alfaiate virou dono do Café Cacique e do Cine Splendid, locais que, por décadas, foram os mais importantes núcleos sociais do centro de Gramado. O café não tinha nada de modesto e Dona Nenê escolheu trabalhar dentro dele. Buscando ensinamentos que o confeiteiro taquarense F. Stoffel tinha trazido da Áustria, introduziu a confeitaria como parte das atividades do local. Ela rapidamente adquiriu renome, decorrente do extraordinário talento que demonstrou como fabricante de doces. Gramado vivia, nessa época, o auge de seu primeiro apogeu, com sua população aumentando até dez vezes no verão. Pela qualidade dos produtos que ela oferecia, veranistas e habitantes de cidades da redondeza, requisitavam seus doces no balcão do café ou por encomendas para festas de aniversários e casamentos. E pelo crescente número de consumidores, outras confeitarias foram sendo fundadas, gerando um ramo econômico que acompanhou o esplendor desenhado pela elegância e pela finura com que os veranistas adornavam a cidade. Enfim, os odores dos doces da Dona Nenê, para sempre, perfumaram a memória de nossa cidade.



Sérgio Bertoja
Sérgio Bertoja e a neta Celina receberam a homenagem. Crédito: Raael Cavalli



Emma Ruschel Bastos

Emma Ruschel Bastos iniciou sua atividade educacional, ainda muito jovem, em Feliz seu município de origem. Chegou aqui em 1920 e integrou-se rapidamente à função docente dentro de um grupo não oficial chamado Grupo Escolar. Ela, associada a outras colegas e autoridades locais da época, conseguiu transformar o grupo em uma instituição estadual de ensino, que recebeu o nome de Grupo Escolar Santos Dumont. Além de ensinar crianças, educá-las para a prática da solidariedade. Notável foi seu costume de levar as crianças mais abastadas a repartir sua merenda escolar com colegas de classe, mais pobres ou mesmo sem merenda. Interesse humanitário que se generalizou no estabelecimento de ensino. Na verdade ela foi mais do que uma simples professora, foi alguém envolvida com a comunidade a que pertencia. Mesmo já sendo viúva de Oscar Bastos, seu marido falecido prematuramente, dedicava parte de seu tempo ao atendimento de moradores muito pobres, alguns simples habitantes de ranchos beira chão. Também era de seu grande interesse incentivar os alunos a ter amor à Pátria e a seus vultos históricos mais importantes. Destacava estas personalidades como símbolos exemplares de conduta cívica, construindo assim a base de formação de pessoas para sempre orgulhosas de seu País. O entusiasmo e o preparo profissional e social da professora Emma Bastos geraram fiéis discípulos, que ajudaram a construir a base inicial da educação em Gramado. E, até hoje, é guardada com carinho na memória e no coração de gramadenses que nunca a esquecerão.






Maria Theresia Nelz

Nelz guardava de origem o rigor familiar da mais refinada aristocracia do então brilhante Império Austro-húngaro. Ela percorreu países, caminhos geográficos, conturbações políticas globais e convívio com situações de vida que lhe cobraram coragem e discernimento Assim, conseguiu deixar marcas de aprendizado que até hoje ainda ensinam, conservando em Gramado discípulos que até hoje lembram e transmitem suas lições. Quando teve que migrar para a Alemanha levou junto suas imagens de infância e as transferiu ao rico mosteiro em que sua família foi morar. Viveu aí sua adolescência, onde firmou seu amor pela terra, ao compasso do seu amor pelos cavalos e a sacrossanta liberdade que neles resplandece. Ainda na Alemanha, casou-se com o médico Carlos Nelz e juntou a coragem dele a uma linda visão universal de futuro. O casal abandonou os laços aristocráticos em que viviam e partiram para o Brasil, trazendo junto nosso Dr. Uli, que então só tinha dez anos. Theresia chegou a Gramado em 1933 e logo mostrou fidelidade ao seu vínculo com a natureza. Dizem que foi ela que convenceu o Dr. Carlos a comprar os 50 hectares de terra que até hoje molduram a parte mais bela e significativa de nossa cidade. E por aqui ficou até 1996. Fazendo jus a uma impecável, alegre e confiante personalidade, Theresia Nelz mostrou como uma mulher, em qualquer tempo histórico, pode se tornar inesquecível a uma família, a uma atividade pública e uma cidade.


Dr. Uli e Maria Thereza Nelz
Dr. Uli e Maria Thereza Nelz receberam a homenagem. Crédito: Rafael Cavalli



Marta Rossi

Marta Rossi é uma gramadense da gema nascida e criada sob passos de trabalho diferenciado e amor à nossa terra. Desde casa, demonstrou personalidade voltada para ações fora do ritual cotidiano, libertando-se dos limites impostos pela injusta cultura de redução das mulheres a tarefas puramente domésticas. A irrequieta estudante universitária foi capaz de construir um conhecimento acima dos livros disponíveis a qualquer aluno. Sua ambição intelectual foi purificada pela límpida vaidade de se tornar uma mulher importante, pelo valor da qualidade de seu trabalho. E, como profissional, fez esse objetivo alcançar alturas, além de seus mais ousados sonhos. Acompanhada por Sílvia Zorzanello, adotou o turismo gramadense como núcleo central de suas atividades. Atravessou fronteiras de muitos países, levando sua terra sempre junto. Colocou Gramado como o mais qualificado destino turístico brasileiro e dos mais respeitados do mundo, associando a iniciativa privada aos competentes esforços da Administração Pública local. Porém, a notoriedade alcançada por ela é essencialmente sustentada pela confiança em si mesma e a inquebrantável convicção de que Gramado é o único lugar do mundo onde pode assentar o entusiasmo de seus talentos e o valor de seus objetivos de vida. Então, foi um pouco assim que Marta Rossi, tendo no cérebro o turismo e Gramado no coração, carrega a imagem da mais destacada personalidade gramadense internacional. E por aqui, a maior força produtiva que a mulher gramadense conseguiu oferecer à nossa história.


Marta Rossi com as netas Celina e Helena. Crédito: Rafael Cavalli
Marta Rossi com as netas Celina e Helena. Crédito: Rafael Cavalli



Neiva Manéa Michaelsen

Neiva Manéa Michaelsen foi a executora da mais nobre e bela criação da generosidade gramadense, expressa em mais de cem anos. Movida por um impulso sacrossanto, resolveu que seria professora de alunos especiais, porque via que eles eram conduzidos em atenção dispersa, presa a corriqueiras regras educacionais. E a primeira obrigação que lhe veio, foi aprender como ser professora de pessoas assim. Então, querendo se munir dos conhecimentos pedagógicos disponíveis nesta especialidade, foi a Porto Alegre, onde cumpriu um respectivo Curso de Pós Graduação. Na volta, encontrou o Jorge e por intermédio dele pode abrir as portas da obra que enxergou como rico cenário de alegria e compreensão. É que Esmeralda e Ivo Bezzi mostraram publicamente, que o Jorge não era um excepcional e sim uma santificada fonte de recíproco amor e compreensão. E os gramadenses, desenterrando escondidos preconceitos, se associaram à Neiva, à Esmeralda e ao Ivo. Foram se organizando e com o tempo construíram o conceito de que nem todos somos iguais. Apenas alguns foram escolhidos para mostrar até onde pode chegar o amor entre nós. Hoje, o coração da Neiva fala assim. “A Escola Especial Mário Bertolucci foi um sonho criado por centenas de mãos, onde Jorge Bezzi, através de seus pais, foi o motivo da existência desse espaço de compromisso, responsabilidade, dedicação e afeto. Em minha trajetória profissional tive o privilégio de conviver com seres humanos especiais que, independentes de sua idade, mantiveram para sempre, a pureza e a verdade de uma criança.” E a APAE é a consequência deste lindo sonho.


Neiva Michaelsen
Neiva Michaelsen recebeu a homenagem. Crédito: Rafael cavalli



Pierina Stangerlin Bertolucci

Era bem o começo do século XX. E, em Caxias do Sul, viviam os namorados Pierina e Henrique. Ele um bem sucedido comerciante e ela renomada modista, tão renomada que confeccionou o vestido da primeira noiva que casou na Igreja Matriz da cidade. Só que o namoro, por alguma razão, não deu certo, e eles puseram sua juventude a caminhar em outras direções. E neste caminho Pierina deu certo com José Bof e Henrique com Rosa Gobetti. Mas aquele namoro o tempo desenhou para durar sempre, pois Henrique ficou viúvo e Pierina viúva. O resultado teve alguma complicação já que Pierina deixou três órfãos de pai e Henrique cinco órfãos de mãe. Mas, a questão foi resolvida sábia mente: duas famílias fizeram uma só: Henrique e Pierina enfim se casaram e sem medo do futuro, tiveram mais cinco filhos. Mudaram-se para Gramado, onde moravam dois irmãos de Henrique, um dos quais tinha aqui uma pensão. Logo aconteceu que Henrique acertou na Loteria Estadual e comprou a pensão do irmão e Pierina começou a aprender a lidar com veranistas e visitantes. Mas, Henrique era sortudo mesmo: acertou na Loteria de novo. E com o dinheiro que recebeu construiu o Hotel Bertolucci, primeiro grande hotel de Gramado, e Pierina virou hoteleira. A então hoteleira, estimulada pelo refinamento dos veranistas seus clientes, obrigou-se a trazer a elegância refinada dos salões da alta costura, que trouxe de Caxias, para dentro do seu hotel. O modelo criado por Dona Pierina foi adotado por novos hotéis que, juntos, consolidaram o exigente conceito de qualidade, praticado até hoje por nossos hoteleiros.


Gilnei Ricardo casagrande recebeu a homenagem. Crédito: Divulgação
Gilnei Ricardo casagrande recebeu a homenagem. Crédito: Divulgação



Helena Antônia Ruschel

Helena Ruschel a nossa Dona Toni foi uma balconista de farmácia e um pouco entendida de medicina que, antes de olhar a prescrição dos doutores Érico, Sturmheffel ou Carlos Nelz, oferecia o sorriso como o melhor remédio. Mas esta era apenas uma faceta de seu encantador caráter. Chegou aqui em 1923 casada com o farmacêutico Benno Ruschel, que começou aqui sua vida pós- universitária. E, ao redor da Farmácia Galeno, o casal fez acontecer suas vidas. Mas, as páginas da nossa história escritas em doces louvores à Dona Toni, foram construídas além da farmácia e embaladas pelo afeto que gerou junto a comunidade gramadense. Enquanto seus filhos Nestor e Érico iam crescendo e, com os pais, aprendendo ser gente, Dona Toni espalhava ramos de amizade pelo Rotary, pela igreja e pelo Cine Splendid, onde parecia ter encontrado parte de sua graça. Tanto que depois do filme de domingo, o qual todo mundo ia para alimentar os assuntos da próxima semana, a primeira coisa que os assistentes queriam saber era o que Dona Toni tinha achado da fita. Assim, em cada segunda-feira, as opiniões dela, carregadas de inteligente humor, corriam junto com a construção de um lugarejo ingênuo, afetivo e justo. Deixando o olhar atravessar o tempo, enxerga-se em Dona Toni, uma figura histórica única. Tão amada quanto muitas outras, porém trocando a cozinha pelo balcão, o sorriso pelo esforço de carregar as esperanças dos doentes. E da dolorida esperança sua de, em algum tempo reencontrar o Érico, seu filho.


João Alfredo de Castilhos Bertolucci (Fedoca) recebeu a homenagem. Crédito: Divulgação
João Alfredo de Castilhos Bertolucci (Fedoca) recebeu a homenagem. Crédito: Divulgação



Edelvira de Castilhos Bertolucci

Para Edelvira Alice de Castilhos Bertolucci, a Sociedade Recreio Gramadense, então, recém-fundada, foi o cenário da sua primeira manifestação social, integrando a primeira geração de adolescentes que Gramado teve. Incorporada a esse grupo manifestou prematuramente sua personalidade discreta, mas cordial e sempre alegre. Nesse clube jogou bolão, dançou em seus reservados bailes, brincou com seu bloco carnavalesco e festejou muitos aniversários e casamentos. Com o andar do tempo, e integrante da família que logo se fez numerosa, casou com Walter Bertolucci, membro de outra família ainda maior. Resultou que a união desses dois sobrenomes compôs um grupo de proa, plantando sólidos alicerces na construção de Gramado. Por esse caminho, Edelvira viveu num reduto político cheio de insólitas complexidades. Porém, sua calma autoridade, nascida das poucas palavras sustentadas pelo afeto e pelo bom senso, tornou-a invisível matriarca de sua família, onde soube respeitar os valores devidos aos membros de sua casa, ao amor à terra e ao respeito a seus conterrâneos. Respeito esse que ela também aprendia e ensinava nas reuniões das quartas feiras, vividas com amigas que juntas foram adolescentes e juntas foram avós também. Porém, o mérito histórico de Edelvira Bertolucci vai além das dimensões do tempo. Até hoje, inspira fraternos princípios abençoados pelo sorriso, derramado com ternura. Ela foi uma dona de casa típica, simples, mas suficientemente inteligente para liderar uma família parecendo que quem mandava eram os outros!


João Alfredo de Castilhos Bertolucci (Fedoca) recebeu a homenagem. Crédito: Divulgação
João Alfredo de Castilhos Bertolucci (Fedoca) recebeu a homenagem. Crédito: Divulgação

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