Algum tempo atrás, o nascimento de Jesus Cristo era comemorado de um jeito meio sem graça. Tudo que se fazia em honra ao aniversariante acontecia dentro das igrejas onde o silêncio era obrigatório e rezas, cantos e cheiro de incenso intimidavam qualquer manifestação de alegria mais folgada.. Muitos católicos, um pouco mais literais, sentiam-se pecadores pelas blasfêmias que soltavam contra quem os obrigava a participar de um aniversário tão melancolicamente festejado, concedendo aos comes e bebes uma incompreensível importância secundária.. Outro motivo que desacorçoava os que achavam que aniversário sem festa era obrigação às vezes bem chata, era que não havia ninguém a quem oferecer presente. O aniversariante não se enxergava: nem ele e nenhum de seus parentes. As crianças mais amorosas até ficavam bem tristes por ver um neném nascer tão sozinho, tão sem uma família, apenas louvado entre as paredes frias e mal iluminadas das catedrais. Ainda mais, que os louvores não continham os agrados devidos a um recém-nascido, mas uma carga de ladainhas que só poderia ser suportada por um adulto bem forte e de sacrossanta paciência. Lugubremente, rezas agourentas já iam avisando que logo ele seria pregado numa cruz.. Se nosso Natal hoje em dia fosse desse jeito todo mundo diria que ele “era um saco”. Só que o menino Jesus cresceu, foi para o céu e viu que seu nascimento estava sendo mal comemorado. Então, usando Sua santidade com grande sabedoria, mandou que um senhor idoso, mas cheio de juventude, trouxesse alegria e entusiasmo para festejar o dia em que Ele apareceu no mundo. Batizou esse senhor de Papai Noel e pediu-lhe que escolhesse uma cidade para fazer a comemoração. Papai Noel, fazendo seu trenó voar pelos céus do mundo inteiro, escolheu Gramado. Então, fez no lugar noites se transformar em dias e dias em expressão da mais pura e elegante arte. Denominou sua obra de Natal Luz e milhões de pessoas de todas as partes vieram festejar junto. “A responsabilidade pelo conteúdo é única e exclusiva do autor que assina a presente matéria”.
Tela Tomazeli | Editora
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