Vacinação contra HPV para jovens de 15 a 19 anos é prorrogada até o final de 2025

Estima-se que, em 2024, mais de 23 mil novos casos de cânceres relacionados ao HPV sejam diagnosticados no Brasil.

GRAMADO, RS - Vacinação contra HPV para jovens de 15 a 19 anos é prorrogada até o final de 2025

Em uma importante medida para fortalecer a saúde pública, a Campanha de Vacinação contra o HPV (papilomavírus humano) para adolescentes de 15 a 19 anos foi prorrogada até o final de 2025 em Gramado, seguindo a orientação do Ministério da Saúde. O objetivo é ampliar o resgate vacinal desse público, oferecendo uma nova oportunidade de proteção contra o vírus e os cânceres a ele associados.

A Importância da Vacinação no Combate ao Câncer

O secretário da Saúde de Gramado, Jeferson Moschen, enfatiza que a vacina contra o HPV é a principal forma de prevenção contra o câncer de colo do útero, além de outros tipos da doença. "O HPV é a infecção sexualmente transmissível mais comum no mundo, e a vacina é segura, eficaz e protege contra os principais tipos do vírus", destaca Moschen.

No Brasil, o HPV é responsável por aproximadamente 90% dos casos de câncer de colo do útero, uma doença que, em 2023, estimou-se afetar 17.743 mulheres e causar 9.168 mortes anualmente. Além do câncer de colo do útero, o HPV também está ligado a outros tipos de câncer, como os de vulva, vagina, orofaringe, ânus e pênis. Estima-se que, em 2024, mais de 23 mil novos casos de cânceres relacionados ao HPV sejam diagnosticados no país.

Cenário da Vacinação no Brasil

*No Brasil, a vacinação contra o HPV é gratuita pelo SUS, utilizando a vacina quadrivalente (genótipos 6, 11, 16 e 18). Apesar de ampliada para meninos, as coberturas vacinais ainda são um desafio, com 76% para meninas (9-14 anos) e 52% para meninos (11-14 anos) em 2021, taxas insuficientes para as metas de erradicação do câncer de colo do útero.

Onde se Vacinar em Gramado

As doses da vacina contra o HPV estão disponíveis gratuitamente em todas as salas de vacina de Gramado. Basta apresentar um documento de identificação e, se tiver, a caderneta de vacinação.

A prorrogação da campanha é uma oportunidade crucial para que mais jovens estejam protegidos contra o HPV e as graves doenças que ele pode causar. A vacinação é um ato de cuidado individual e coletivo, fundamental para a saúde da população.

Se você ou alguém que conhece se encaixa na faixa etária e ainda não se vacinou, aproveite essa chance! A proteção está ao seu alcance.

Como o HPV é transmitido

O HPV (Papilomavírus Humano), que afeta a pele e mucosas, é transmitido principalmente pelo contato direto com a pele ou mucosa infectada, sendo a via sexual a mais comum. Isso inclui relações sexuais (vaginal, anal e oral), e a transmissão pode ocorrer mesmo sem penetração, apenas pelo contato pele a pele genital. Em casos raros, pode ser transmitido de mãe para filho no parto. É crucial saber que o HPV não é transmitido por objetos como assentos sanitários ou talheres.

HPV: O que causa e fatores de risco

Embora o sistema imunológico geralmente elimine o HPV sem sintomas, em alguns casos, a infecção persiste e pode causar verrugas genitais (tipos de baixo risco) ou lesões precursoras de câncer (tipos de alto risco, como HPV 16 e 18).

As principais formas de câncer relacionadas ao HPV incluem:

Câncer de colo do útero (o mais comum).

Cânceres de ânus, vulva, vagina, pênis, boca e orofaringe.

Fatores de risco para infecção ou complicações do HPV são:

Início precoce ou múltiplos parceiros sexuais.

Sistema imunológico enfraquecido.

Tabagismo.

Outras ISTs.

Prevenção

A melhor forma de prevenir a infecção pelo HPV é a vacinação, que é segura e eficaz, especialmente quando aplicada antes do início da vida sexual. O uso de preservativos também ajuda a reduzir o risco de transmissão, embora não ofereça proteção completa, já que o vírus pode estar presente em áreas não cobertas pela camisinha.

Se você tem dúvidas sobre o HPV, a vacinação ou a prevenção, converse com um profissional de saúde.

Fontes de dados sobre HPV e vacinação no Brasil:

Instituto Nacional de Câncer (INCA): Principal fonte para estimativas de novos casos e mortes por câncer relacionados ao HPV, incluindo câncer de colo do útero, e o percentual de casos causados pelo vírus.

Ministério da Saúde (MS): Responsável pelos dados de cobertura vacinal em todo o país, através do Programa Nacional de Imunizações (PNI), e pelas campanhas de vacinação.

Organização Pan-Americana da Saúde (OPAS) e Organização Mundial da Saúde (OMS): Contribuem com dados e metas globais para a erradicação do câncer de colo do útero, servindo como referência para o Brasil.

É importante lembrar que os dados de saúde são dinâmicos e podem ser atualizados.