Setor de eventos supera indústria, agro e média do PIB nacional
- Tela Tomazeli | Editora
- 28 de abr.
- 3 min de leitura
ECONOMIA
Setor reforça o papel estratégico na economia brasileira

Com crescimento de 5,3% em 2024, dados do IBGE apontam que segmento teve desempenho superior à indústria e agropecuária
O setor de eventos de cultura e entretenimento no Brasil segue em franca expansão e se consolida como um dos pilares estratégicos da economia nacional. De acordo com o mais recente Radar EconÔmico, boletim da Associação Brasileira dos Promotores de Eventos (ABRAPE) com base em dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), o Produto Interno Bruto (PIB) das atividades de serviços ligadas ao segmento registrou um crescimento de 5,3% em 2024, superando tanto a média do PIB nacional (3,4%) quanto os principais setores da economia, como a Indústria (1,6%) e a Agropecuária (2,2%).
O desempenho positivo reflete o impacto das políticas públicas como o Programa Emergencial de Retomada do Setor de Eventos (PERSE), que foi fundamental para impulsionar o ecossistema econômico do segmento, impactado pela paralisação provocada pela pandemia da covid-19. “O crescimento do PIB comprova a força desse mercado e a efetividade das ações implementadas nos últimos anos. Nós não apenas sobrevivemos, como nos tornamos vetores de retomada econômica com grande capacidade de geração de renda e oportunidades”, destaca Doreni Caramori Júnior, empresário e presidente da ABRAPE.
A geração de empregos formais também reforça o bom momento vivido pelo setor: em fevereiro de 2025, o estoque (total de vagas disponíveis em um mercado de trabalho) no core business do setor estava 66,1% acima do registrado no período pré-pandemia (2019). Já o hub setorial registrou crescimento de 25% no número de empregos formais em relação ao mesmo período, consolidando a força da cadeia produtiva dos eventos como geradora de oportunidades em todo o país.
O core business abrange atividades como organização de eventos (exceto culturais e esportivos), atividades artísticas e culturais, espetáculos, recreação e lazer, e a produção e promoção de eventos esportivos. Já o chamado hub setorial engloba 52 atividades impactadas indiretamente pelo segmento, como operadores turísticos, bares e restaurantes, serviços gerais, segurança privada, hospedagem, entre outras.
Consumo O consumo no setor acompanhou esse ritmo de expansão: em fevereiro de 2025, atingiu R$ 11,45 bilhões, o maior valor já registrado na série histórica. No acumulado de janeiro a fevereiro, o volume chegou a R$ 22,8 bilhões, um aumento de 3,1% em comparação ao mesmo período de 2024, comprovando o fortalecimento da demanda e o impacto direto do setor no cotidiano da população.
“A consolidação do setor como um dos maiores geradores de PIB é o resultado de um esforço coletivo, envolvendo empresários, trabalhadores e gestores públicos. Agora é hora de manter o ritmo e continuar investindo em políticas estruturantes para garantir que esse impacto positivo se multiplique nos próximos anos”, reforça Doreni.
O Radar Econômico da ABRAPE utiliza, além de dados do IBGE, números do Ministério do Trabalho e Emprego (MTE) e da Receita Federal.
Sobre a ABRAPE
Criada em 1992 com o propósito de promover o desenvolvimento e a valorização das empresas produtoras e promotoras de eventos culturais e de entretenimento no Brasil, a Associação Brasileira dos Promotores de Eventos - ABRAPE, tem, atualmente, mais de 850 associados, sediados em todos os Estados da Federação, que representam o PIB dos eventos do Brasil. Foi a entidade que liderou o setor na pandemia, protagonizando a criação e a manutenção do Programa Emergencial de Retomada do Setor de Eventos PERSE: o maior programa de transação fiscal da história do Brasil e o principal Programa de desoneração fiscal após do Simples Nacional. Com importante representatividade, é referência em associativismo de classe.
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