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Foto do escritorTela Tomazeli | Editora

CRÔNICA – As eminências pardas

A figura burocrática mais antiga que existe, é a da eminência parda, pessoa que age por trás das chefias influindo em suas decisões. Constrói a dependência dos superiores por simpatia natural, bajulação ou oportunos e calculados favores.  Também é antigo o conceito de que são indivíduos aproveitadores do prestígio alheio para colherem benefícios a si próprios. Para um protótipo, leia-se algo sobre  Richelieu, do tempo dos reis Luíses franceses   ou Gregório Fortunato, do tempo de  Getúlio Vargas. Excepcionalmente, esse tipo de influência é exercido por incompetentes, o que cai no caso de pais que sempre acreditam que talento é dom hereditário, erro que leva à falência grandes empresas, geralmente, em não mais do que  três gerações.  Todavia, a regra é que tal tipo de satélite executa  muito bem as tarefas que lhe dão as vantagens – boicotando com igual rigor as que podem trazer-lhe algum prejuízo – e recebe com risonho servilismo as mais pesadas reprimendas. E há poucos gestores públicos ou privados que não se sintam atraídos ou amparados por esses procedimentos. Quem manobra nas sombras, vive á cata de fraquezas de seu superior aproveitando-as, especialmente, nos momentos em que ele  enfrenta alguma crise ou  não tem  como ignorar que medos acumulados e favores recebidos, às vezes, têm que  ser pagos com os juros da vergonha. Os mais evidentes sinais de que esse tipo de pessoa existe é o nervosismo dos grandes chefes, particularmente quando recém assumem uma função de grande responsabilidade. É que eminência parda é um conceito que sempre se organiza em quadrilha e não se constrange em praticar a traição. Esse movimentos subterrâneas levam ao congelamento de capacidades gerenciais de todas as naturezas e em todas as partes. Parece óbvio, que as dificuldades que costumam desafiar homens e mulheres, que estão na proa de nossos destinos, que tenham menos receios e mais confiança em sua própria força; mais amor próprio do que cuidados para com quem não os merece. “A responsabilidade pelo conteúdo é única e exclusiva do autor que assina a presente matéria”.

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