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Conheça Nova Petrópolis em uma Caminhada Histórica: O Roteiro Caminhos do Stadtplatz

  • Foto do escritor: Tela Tomazeli | Editora
    Tela Tomazeli | Editora
  • 8 de set.
  • 3 min de leitura

NOVA PETRÓPOLIS, RS - A charmosa cidade da Serra Gaúcha, convida você a uma jornada no tempo com o Roteiro Caminhos do Stadtplatz.


Uma Imersão na História Local

Com aproximadamente 2 km de extensão e cerca de uma hora de duração, o roteiro foi cuidadosamente planejado para valorizar o patrimônio histórico e tornar a história local acessível a todos. Ao longo do percurso, você terá a oportunidade de apreciar sete importantes marcos, incluindo prédios e monumentos que contam a história da imigração alemã e da própria cidade.


Essa experiência vai além dos cartões-postais tradicionais, como a famosa Praça das Flores. Você descobrirá a alma de Nova Petrópolis ao passar por locais como a Biblioteca Pública Municipal Professora Elsa Hofstätter da Silva, a Igreja Evangélica e as icônicas casas em estilo enxaimel. Cada parada é uma janela para o passado, revelando a arquitetura e as tradições que moldaram a identidade da comunidade.



Um Roteiro para Todos

Ideal para turistas, moradores, estudantes e guias de turismo, o Caminhos do Stadtplatz é uma iniciativa da Secretaria de Turismo e Cultura de Nova Petrópolis. Ele não apenas enriquece a experiência de quem visita a cidade, mas também incentiva a circulação de pessoas pelo centro, fortalecendo a economia local e promovendo a cultura.


Para facilitar sua jornada, a Secretaria de Turismo e Cultura oferece um livreto gratuito com descrições detalhadas dos pontos históricos do percurso. Você pode retirá-lo na Torre de Informações Turísticas, na Central de Informações da Praça das Flores, e em diversos hotéis e restaurantes da cidade.



Crédito: Divulgação NP
Crédito: Divulgação NP

Casas enxaimel da rua Coronel Alfredo Steglich

Por um longo período, a rua para a qual essas casas estão voltadas foi a principal via da cidade. Seu nome era Presidente Lucena, e por esse caminho passaram muitos viajantes, como comerciantes, lavradores e turistas. Atualmente, ela se chama Coronel Alfredo Steglich, em referência a um indivíduo que armou a cidade contra investidas de bandoleiros ocorridas durante o período da Revolução Federalista (1893–1895).


Há indícios de que técnicas semelhantes ao enxaimel já eram utilizadas pelos etruscos, na península Itálica, há mais de 2.500 anos.


Essa técnica consiste em criar um esqueleto de pilares e vigas de madeira que, preenchido com algum material, forma uma parede com boa sustentação. Vale destacar que as peças de madeira são apenas encaixadas, sem o uso de pregos ou parafusos. No caso de Nova Petrópolis, a técnica chegou alguns anos após o início da colônia, principalmente devido à tendência dos alemães na região de construir dessa maneira — forma que varia em diferentes lugares.


Os imigrantes que chegaram aqui, primeiramente, tiveram que improvisar habitações com os materiais disponíveis. Construíam casas com as madeiras que encontravam e com a taipa, que é um aglomerado de pequenas rochas, normalmente usada em muros encontrados no interior, em torno de fazendas ou cemitérios. Um exemplo próximo é o muro que delimita o Parque Aldeia do Imigrante.


A partir da década de 1870, a técnica foi introduzida na região, e, nos anos seguintes, foram construídas mais de uma centena de casas, que encontramos por todo o território. Normalmente, encontramos dois tipos de disposições: uma, que contém grandes pilares inclinados que vão da base ao topo da parede (como as casas aqui presentes), e outra, em que há uma viga que atravessa a metade das paredes.


Essas duas casas são exemplo da técnica enxaimel legítima, diferenciando-se da maior parte das construções do Stadtplatz atual. No centro, encontramos muitas estruturas normalmente identificadas por arquitetos como neoenxaimel ou pseudoenxaimel, que são imitações dessa técnica. Entre essas imitações, é comum encontrar pinturas que simulam as madeiras ou pequenas tábuas aplicadas externamente às estruturas.



Relato de Leonda Elvira Hillebrand

“ Meu pai, quando ainda jovem, participou da construção de muitas casas. Toda a madeira tinha que ser falquejada ou cortada a mão (...). O pessoal de antigamente era muito divertido. Nos tempos dos meus avós, as mulheres ajudavam a serrar na grande serra de cortar tábuas, e ajudavam para construir ao menos sua casa (...). Eles cantavam, ninguém se lamentava’’.(DEPPE et al. 1998, p.95)


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