Lei mais rígida: PL 2269/24 vai impactar eventos e reforça o Turismo Sustentável
- Tela Tomazeli | Editora

- 7 de out.
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TURISMO E EVENTOS - O Projeto de Lei (PL) 2269/24, que busca impor maior rigor na pauta ambiental do setor de eventos, está avançando na Câmara dos Deputados e promete redefinir a organização de grandes aglomerações no país. A proposta, de autoria do Deputado Célio Studart (PSD-CE), coloca em foco a sustentabilidade e a responsabilidade ecológica no Turismo de Eventos.
O projeto de Lei ainda está em tramitação, porém, considerei relevante trazer a tona, visto que nossa Região estará diretamente ligada ao setor de eventos e turismo e, se aprovada, muito teremos que fazer para nos adequar. Se tiveres algum parecer sobre o tema estamos disponíveis para receber e publicar. Envie para tela@telatomazeli.com.br.
Endurecimento da Lei e Principais Pontos
O PL 2269/24 propõe uma mudança crucial na legislação, visando a proteção ambiental em eventos de grande porte:
Criminalização da Falta de Licença: O projeto altera a Lei dos Crimes Ambientais (Lei 9.605/98) para criminalizar a divulgação ou a organização de eventos de grande porte sem a devida licença ou autorização dos órgãos ambientais competentes.
Pena: Os organizadores estariam sujeitos a detenção de 1 a 6 meses e multa.
Fundamentação: O autor justifica que a medida é necessária porque a execução de eventos sem o "respeito à legislação ambiental pode acarretar severos riscos à coletividade e ao meio ambiente" (Fonte: Portal da Câmara dos Deputados).
O texto já foi aprovado na Comissão de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável (CMADS) da Câmara e, no momento, segue para a Comissão de Constituição e Justiça e de Cidadania (CCJC), onde aguarda relator (Fonte: Câmara dos Deputados – PL 2269/2024).
Impacto Direto no Setor de Eventos e Turismo
A aprovação do PL 2269/24 estabeleceria uma nova e severa camada de responsabilidade legal sobre os organizadores.
Rigor no Planejamento: A ausência da licença, que avalia o impacto de resíduos, poluição sonora e ocupação de espaço, deixaria de ser apenas uma infração administrativa e passaria a ser um crime ambiental. Isso exigirá que empresas, incluindo aquelas sob o regime do PERSE, redobrem o rigor para obter o licenciamento ambiental antes mesmo de qualquer divulgação, sob pena de sanções criminais (Fonte: Portal da Câmara dos Deputados, Notícias sobre PL 2269/24).
Turismo Sustentável: Para destinos que dependem fortemente de festivais e feiras, como Gramado e Canela, o PL reforça a necessidade de um Turismo de Eventos e Negócios que seja intrinsecamente sustentável. A legislação visa garantir que o fluxo de turistas e a geração de receita ocorram em harmonia com a preservação do meio ambiente, um fator crucial para a manutenção da própria atratividade do destino.
O avanço do projeto indica um consenso parlamentar crescente pela urgência ambiental. Embora não haja um posicionamento específico de especialistas sobre o PL 2269/24, a iniciativa se alinha à tendência de modernização do setor, onde entidades como a FecomercioSP e o Ministério do Turismo (MTur) defendem a incorporação da sustentabilidade na legislação para adaptar a atividade às novas exigências sociais e ambientais (Fonte: Gov.br e FecomercioSP).
O Projeto de Lei (PL) 2269/24, ao exigir o licenciamento ambiental sob pena de criminalização, impacta diversos aspectos operacionais de congressos, feiras e shows relacionados ao consumo do público e à montagem de estruturas. A lei tornaria crucial a comprovação de que o evento planejou e mitigou os seguintes impactos:
2. Impactos Relacionados à Montagem e Infraestrutura
Estes pontos referem-se às estruturas temporárias e permanentes utilizadas para a realização dos eventos:









































































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