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  • Foto do escritorTela Tomazeli | Editora

Hungria consolida parceria com a UCS para validar soluções para a agricultura orgânica


Hungria e UCS se unem para tegnologias. Fotos: Bruno Zulian

Caxias do Sul/RS - UCS realizará análise de produto de tecnologia húngara, utilizado como fertilizante e sanitizante agrícola na Europa, para o uso no clima tropical do Brasil


Visita de comitiva da Hungria à Universidade de Caxias do Sul nesta segunda-feira, 2 de setembro, abriu a semana consolidando uma parceria internacional para pesquisa com foco na agricultura orgânica. Em agenda no Estado, representantes das universidades Széchenyi István e Corvinus e da empresa Pannon Trade, húngaras, junto à Ferticerto Soluções Orgânicas, responsável pela interlocução brasileira com a tecnologia da empresa europeia, e a associada Delta Fértil, acessaram in loco a estrutura da UCS para inovação e pesquisa, especialmente nas áreas agrícola – mote do relacionamento entre as instituições – e de saúde animal, em que são projetadas atividades. O roteiro incluiu TecnoUCS – Parque de Ciência, Tecnologia e Inovação, Instituto de Biotecnologia e Instituto Hospitalar Veterinário.


A UCS ingressa no projeto para ampliar os dados da pesquisa que visa identificar a melhor forma para aplicação do fertilizante e sanitizante agrícola Stericerto Plant no clima tropical do Brasil – o produto para agricultura orgânica e convencional já é utilizado na Europa. A iniciativa parte de parceria entre a Ferticerto Soluções Orgânicas e o Instituto Tecnológico do Paraná (Tecpar).


Em recepção no gabinete da Reitoria, com integrantes da gestão acadêmica e das empresas parceiras, os professores Gabriel Pauletti e Murilo César dos Santos, responsáveis pelas atividades da UCS na área agrícola, abordaram os estudos que envolvem culturas como soja, milho, batata, cebola, maçã e morango. “O cultivo, seguindo o protocolo de aplicação do fertilizante utilizado em agricultura orgânica, permitirá a análise fisiológica do desenvolvimento e da produtividade das plantas e o desempenho do produto, considerando melhorias em aspectos quantitativos e qualitativos”, explica Pauletti. “Os trabalhos ainda avaliarão a eficiência diante de patógenos importantes à região”, complementou Santos, mencionando a atuação em estudos de diferentes frentes.



UCS se une a Hungria para tecnologias.
Crédito Bruno Zulian

Universidade e mercado

O reitor Gelson Leonardo Rech reforçou o propósito institucional de interlocução com universidades e mercado em âmbito mundial. “Ficamos felizes pela parceria, que traduz a internacionalização e a conexão universidades-empresas, que preconizamos, com foco na inovação a partir do intercâmbio científico e entre as comunidades acadêmicas”.


Representando a universidade Széchenyi István, o presidente de seu Centro de Pesquisa Agrícola e Alimentar, László Palkovics, acompanhado da pesquisadora da Universidade Corvinus, Elizabeth Palkovics, apresentou a estrutura da instituição que conta com quase 15 mil alunos, nove faculdades, programa internacional, que inclui estudantes brasileiros, e também desenvolve iniciativas de cooperação com empresas a partir de parques de ciência e inovação.


Os representantes da Ferticerto, sócios Alexandre Susin e Rafael de Boni da Silva, reforçaram a prerrogativa de que o cenário rio-grandense estivesse incluído no projeto, o que é agregado pela participação da UCS. “É o primeiro dos grandes passos que daremos em conjunto, unindo a visão das empresas e dos pesquisadores com foco em desenvolvimento”, projetou Susin, agradecendo pela receptividade junto aos parceiros Attila Kovacs e Marcin Hasznos. Este ainda exaltou o minucioso trabalho na microbiologia desenvolvido pela Pannon Trade, que atua em escala industrial com certificação orgânica da União Europeia. Seu proprietário, Árpád Flórián Brányi, destacou a abordagem com foco na inovação da empresa húngara, que desenvolve produtos biológicos para a agricultura focados na segurança alimentar a partir da testagem no campo, da aplicação real. “Pesquisas demandam universidades para prover soluções aos problemas que são relatados pelos produtores às indústrias”, sustentou.