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Foto do escritorTela Tomazeli | Editora

COLUNISTA – Sobre a fragilidade  da esperança

Pois, a impunidade comprova que, no Brasil, ser avesso às normativas morais tende levar a bons resultados e o mau caráter a um estado de espírito bastante promissor.

Um dado assustador confirmado pela estatística, é que os corruptos estão se aperfeiçoando em estratégias que os associam em grupos treinados para invadir, com sucesso, meandros legais que os confirmem como inocentes. Vangloriam-se de sua eficiência e do intocável patrimônio que vão acumulando à vista de todos, sem estar à vista de onde surgiu a renda ou a autoridade para comprá-lo. Da mesma forma, aperfeiçoaram métodos de eliminar àqueles que podem contrariar seus escandalosos apetites.

Às vezes, não é possível nem conveniente empregar o confronto direto para tirar do caminho pessoas que, ao longo do tempo, construíram sua credibilidade prestando serviços relevantes e desinteressados à sua comunidade. Então, usam sua confraria para planejar nas sombras um modo de colocar a lei a seu favor. Com isso a corrupção progride, sob a proteção de normas legislativas ou artifícios judiciais adotados exatamente para protegê-la.

Dada a volatilidade da das leis brasileiras, os corruptos atiram-se à busca de vantagens de qualquer tamanho, trazendo a triste constatação de sua presença mesmo em Câmaras de Vereadores, que até pouco tempo eram exemplos de dignidade político-administrativas. Tristemente, seus componentes convivem sem constrangimentos com as imoralidades que praticam, embora sabendo da desconsideração que seus nomes e suas famílias desfrutam perante as comunidades. E o resultado final de uma condição tão deplorável, é o quadro desestimulante de uma nação invadida pela corrupção quase generalizada, que rebaixa os padrões da vergonha, enfraquecendo a esperança e o conforto de algum dia vivermos num país decente.

“A responsabilidade pelo conteúdo é única e exclusiva do autor que assina a presente matéria”.

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